A motivação de licenciandos em música sob a perspectiva da teoria da autodeterminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Araújo, Isac Rufino de
Orientador(a): Carvalho, Valéria Lázaro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20083
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral verificar a qualidade motivacional dos licenciandos em música em quatro universidades públicas do Nordeste, sob a perspectiva da Teoria da Autodeterminação (TAD). Proposta por Edward Deci e Richard Ryan (1985, 2000, 2008a, 2008b), a TAD abrange os aspectos qualitativos da motivação e afirma que todos os indivíduos têm uma propensão natural à autorregulação, por isso ela adota o conceito de internalização, representada por meio de um continuum de autodeterminação previsto na miniteoria da integração organísmica. A presente pesquisa é de natureza descritiva, exploratória e correlacional. Como técnica de coleta de dados, foi aplicado um questionário de autorrelato, a Escala de Motivação Acadêmica (EMA), traduzida e validada por Guimarães e Bzuneck (2008), a qual permite verificar os tipos de motivação conforme o continuum de autodeterminação. Nesta aplicação, o instrumento apresentou evidências de validade satisfatórias, com boa consistência interna e correlações de fracas a moderadas. Os dados obtidos da amostra de 380 licenciandos em música foram analisados através da estatística descritiva e inferencial, por meio de alguns procedimentos: frequências, médias, desvio padrão, análise fatorial, análise de consistência interna por meio do alpha de Cronbach, análise de correlação de Pearson e análise de variância. Os dados apontam as maiores médias na avaliação das formas de motivação mais autodeterminadas e as médias mais baixas na avaliação da desmotivação e das formas menos autônomas de motivação. Grande parte dos alunos revelou forte intenção de concluir o curso. Apresentaram menor motivação autônoma e maior desmotivação os alunos com intenção de atuar em outras áreas, que já passaram pelo estágio e que estão no curso porque não tiveram outra opção. Concluímos que o licenciando em música, representado nesta amostra, apresenta boa qualidade motivacional, no entanto, com o passar do tempo há uma tendência em diminuir a motivação autônoma mediante as pressões inerentes a um curso superior. Neste sentido, os cursos devem criar estratégias para manter o comportamento autodeterminado nos alunos e fortalecer a motivação autônoma fazendo-os perceber importância, valor e significado no curso.