Nursing Activities Score: avaliação da carga de trabalho de enfermagem em unidade de terapia intensiva adulto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferreira, Patrícia Cabral
Orientador(a): Machado, Regimar Carla
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19617
Resumo: O dimensionamento de recursos humanos em enfermagem é uma ferramenta gerencial essencial para suprir as necessidades da clientela e da instituição. Quando se trata de Unidade de Terapia Intensiva, em função da gravidade dos pacientes atendidos e da tecnologia empregada que demandam um elevado quantitativo de recursos humanos especializados, existe a necessidade da utilização de instrumentos específicos para medir a carga de trabalho de enfermagem. O Nursing Activities Score é um instrumento validado para mensurar a carga de trabalho de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva que tem demonstrando efetividade. Trata-se de um estudo transversal, com o objetivo principal de avaliar a carga de trabalho de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva adulto por meio da aplicação do Nursing Activities Score. O estudo foi realizado em um hospital privado, referência em oncologia, localizado no Município de Natal/RN, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob Parecer nº 558.799 e CAAE 24966013.7.0000.5293. Para a coleta de dados foram aplicados uma ficha de caracterização sociodemográfica do paciente; o Nursing Activities Score para identificar a carga de trabalho de enfermagem; e o instrumento de classificação de pacientes de Perroca, fornecendo dados sobre o grau de dependência dos pacientes em relação aos cuidados de enfermagem. Os dados obtidos foram analisados com o auxílio de um pacote estatístico. As variáveis categóricas foram descritas por frequência absoluta e relativa, ao passo que as numéricas por meio de mediana e intervalo interquartil. Na abordagem inferencial foram utilizados os testes Spearman, Qui-quadrado de Wald, Kruskal Wallis e Mann-Whitney, considerando-se as variáveis estatisticamente significativas aquelas com valores p<0,05. A avaliação das médias gerais de NAS, considerando os primeiros 15 dias de internação, foi realizada por meio da análise de Estimativa de Equações Generalizadas com ajustamento pela variável tempo de internação. A amostra constituiu-se por 40 pacientes, no período de junho a agosto de 2014. Os resultados demonstraram uma média de idade de 62,1 anos (±23,4) com predominância do sexo feminino (57,5%). O mais frequente tipo de tratamento foi clínico (60,0%), observando-se uma média de permanência de 6,9 dias (±6,5). Em relação à procedência, a maioria dos pacientes (35%) advieram do Centro Cirúrgico. Observou-se uma mortalidade de 27,5%. Foram realizadas 277 medidas do escore NAS e de Perroca, sendo as médias de 69,8% (±24,1) e 22,7% (±4,2), respectivamente. Verificou-se a associação entre o desfecho clínico e a média do Nursing Activities Score nas 24 horas (p<0,001), assim como, entre o grau de depência dos pacientes e a carga de trabalho de enfermagem (rp 0,653, p<0,001). A carga de trabalho de enfermagem encontrada apresentou-se elevada no período analisado, demonstrando que os pacientes internados exigiram uma alta demanda de cuidados. Esses achados geram subsídios para o dimensionamento de pessoal e alocação de recursos humanos no setor, tendo em vista a busca por maior segurança e satisfação do paciente como resultado da assistência intensiva, bem como um ambiente de trabalho favorável à qualidade de vida dos profissionais