Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Mayara Larrys Gomes de Assis |
Orientador(a): |
Morey, Bernadete Barbosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27961
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Resumo: |
As narrativas implicadas em materiais de ficção científica (SF) apresentam as ciências como uma atividade viva e instigante que parece alimentar o interesse e a curiosidade dos sujeitos por questões científicas complexas. Essa proposição faz contraste com um cenário descrito na literatura específica em que discussões sobre produtos e processos das ciências nas salas de aulas parecem cada vez mais desinteressantes aos estudantes. Uma via pertinente e bastante trabalhada que assumo como estratégia para atravessar um desinteresse dessa ordem e discutir sobre aspectos epistemológicos das ciências é o diálogo entre ciências e literatura. De modo mais específico, tomo a literatura de ficção científica como linguagem para propor discussões sobre noções de ética nas ciências. Para fundamentar filosófica, pedagógica e epistemologicamente as ideias e atividades propostas assumi como base a Teoria da Objetivação (TO), teoria de ensino-aprendizagem histórico-cultural idealizada pelo pesquisador matemático Luis Radford. O objetivo dessa articulação foi investigar a pertinência da SF para ampliar, facilitar e contextualizar o debate sobre a produção das ciências e seus aspectos éticos para professores de ciências em formação. Para alcançar esse objetivo utilizei três estratégias metodológicas: uma interlocução epistolar com o cientista ficcional Doutor Victor Frankenstein; mapeamento e imersão em eixos teóricos – a saber: discussões sobre ciências, Teoria da Objetivação e SF – e a produção de estratégias de ensino – uma oficina didática exploratória ministrada para bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/Interdisciplinar/UFRN) para mapear aproximação dos estudantes com a linguagem de SF e um Curso sobre Ficção Científica e Ética nas Ciências ofertado para professores em formação inicial e continuada dos cursos de Química, Física, Biologia e Matemática da UFRN, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e do Centro Universitário Facex (UniFacex A interlocução epistolar com o Victor Frankenstein para discutir ideias, travar debates e exercitar o diálogo sobre ética e responsabilidade científica, por exemplo, constituiu uma forma de tomar SF como linguagem para abordar saberes da epistemologia das ciências. Para além disso, a análise multimodal dos dados produzidos permitiu constelar um conjunto de categorias analíticas, vetores e caminhos para mapeá-las que permitem sinalizar a pertinência de estratégias que tomam a SF como linguagem para aproximar os estudantes da cultura científica. Esse cenário é fecundo para defender que a SF é uma linguagem pertinente para pensar e problematizar discussões sobre as ciências e seus aspectos éticos e pode contribuir para a educação científica de professores de ciências em formação. |