Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Jéssica Barros |
Orientador(a): |
Nascimento, Dax Fonseca Moraes Paes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29959
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Resumo: |
Para o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860), a essência de tudo o que existe na natureza é vontade. O homem é uma das diversas aparências que a vontade assume quando aparece em seu espelho: o mundo como representação. Este trabalho realiza um recorte na visão schopenhaueriana do mundo como vontade, elegendo como objeto de estudo as peculiaridades assumidas pela vontade ao objetivar-se enquanto essência humana e abordando os desdobramentos práticos e morais que podem ser encontrados na filosofia de Schopenhauer para sua compreensão de essência humana. Assim, este trabalho começa pela explanação da tese fundamental de Schopenhauer de que a vontade constitui a essência metafísica e o núcleo do homem, a partir da análise de sua primazia sobre o intelecto na autoconsciência. Os desdobramentos práticos apontados para o estabelecimento da vontade enquanto essência humana são localizados na maneira como a vontade determina o modo de vida do indivíduo. A depender de suas inclinações preponderantes, ele levará uma vida devotada à busca de um certo de tipo de prazeres, os quais podem ser da ordem das sensações, da ordem da vaidade, do puro conhecer, do comprazimento estético, do engajar-se em atividades criativas etc. O âmbito da moral se abre na filosofia schopenhaueriana a partir da análise da natureza da motivação por trás das ações – ou “atos de vontade”. Schopenhauer estabelece três motivações básicas para o agir: o egoísmo, a maldade e a compaixão. Cada uma delas está associada a um grau de veemência específico da vontade, o qual, por sua vez, determina o quão atado ao princípio de individuação – princípio que reúne as formas a priori do espaço e do tempo na apreensão das múltiplas aparências da vontade – é o modo como funciona o conhecimento deste sujeito. Para Schopenhauer a conduta moral só é possível quando o princípio de individuação não domina o modo de conhecer do sujeito permitindo-lhe reconhecer que a sua essência é idêntica à do outro. É desse reconhecimento que nasce o sentimento de compaixão, o qual motiva a justiça e a bondade. Dessa forma, nosso trabalho se conclui na realização de uma tentativa de explanação acerca do modo intrincado como Schopenhauer atrela sua análise da motivação das ações de um indivíduo à análise de quão profundamente esse sujeito reconhece sua ligação essencial com os demais seres da natureza, uma vez que tudo o que há é manifestação da mesma vontade. |