Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Raphael de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24431
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Resumo: |
A dissertação possui como tema a literatura de José Saramago e sua interface com conceitos clássicos e contemporâneos da sociologia. Tomando como corpus principal o livro A Caverna, tem por objetivo analisar a relação entre a literatura de José Saramago e a sociedade contemporânea e, de modo geral, a relação entre sociologia e literatura como narrativas complementares sobre o universo social. A questão central que se impõe é sobre a possibilidade de articular, através da obra de Saramago, sociologia e literatura como formas de expressão dos mesmos dilemas que marcam a experiência humana de estar-no-mundo. Inicialmente, desenvolvo comentários sobre a relação entre sociologia e literatura e apresento elementos que permitem apontar a proximidade da obra de Saramago com a sociologia. Elaboro em seguida a ideia da modernidade como expressão utópica, tanto na literatura quanto na sociologia, e do Centro tematizado em A Caverna como modalidade de utopia degenerada da sociedade de consumo. Retorno ao livro para encontrar no romance elementos que permitam escapar a uma ética da resignação e formular seu potencial utópico, tendo como ponto de partida a remodelagem da noção de utopia como interdição do presente, efetuada por Ernst Bloch. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, através da qual procurei identificar, na obra de Saramago, passagens que subsidiem a hipótese de que sua literatura, em particular a obra A Caverna, pode ser tomada como uma forma de significação e leitura da realidade que se aproxima daquela realizada pela sociologia. Do ponto de vista da problematização teórica, o texto pode ser lido com um longo diálogo entre José Saramago e Zygmunt Bauman; este último como principal interlocutor, com eventual auxílio de outros autores, todos localizados no espaço de comunicação entre interpretação social e construção literária, como Wolf Lepenies, Franz Kafka, Beatriz Sarlo, Albert Camus, Ernst Bloch, Fiódor Dostoiévski, Peter Sloterdijk e Emil Cioran. |