Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Ingrid Guerra |
Orientador(a): |
Viana, Elizabel de Souza Ramalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24676
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Resumo: |
Introdução: A história reprodutiva feminina e disfunções do assoalho pélvico tem contribuído para as alterações físicas que aparecem no envelhecimento, como as alterações precoces na capacidade funcional de mulheres. Desta forma, investigar a história reprodutiva feminina e prolapso de órgãos pélvicos (POP) sintomático, e sua relação coma força muscular respiratória se torna de grande necessidade para a instituição de tratamento e acompanhamento adequado dessa musculatura. Objetivo: Avaliar a relação da força muscular respiratória com variáveis da história reprodutiva e POP sintomático, em mulheres de meia idade e idosas residentes na comunidade. Métodos: Foram estudadas 208 mulheres entre 41-80 anos, nas cidades de Santa Cruz - RN. Os sujeitos foram recrutados por conveniência e após consentimento, a avaliação foi realizada. Foram coletados dados sociodemográficos, medidas antropométricas, hábitos de vida, história reprodutiva, alterações de assoalho pélvico (todas essas variáveis por questionário estruturado para esta pesquisa), avaliação do desempenho físico (através do IPAQ – versão curta) e avaliação da força muscular respiratória (manovacuometria), através das pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória máxima (PEmáx). Resultados: Mais de noventa porcento (90,4%) das mulheres com com sete ou mais filhos tiveram menos que escolaridade básica, enquanto 80,8% desse grupo recebiam menos que três salários mínimos. Aproximadamente 44,1% da amostra tiveram três gestações ou menos, 30,4% tiveram 4-6 gestações e 25,5% tiveram mais que sete gestações. As mulheres com sete gestações ou mais são mais velhas que as mulheres do grupo com três filhos ou menos gestações. Quanto à PImáx, aquelas que tiveram sete ou mais gestações tinham mais de 12 cmH2O a menos quando comparadas a aquelas que tiveram sete gestações ou mais (β=-12,29; p=0,233). Considerando a PEmáx, aquelas que tiveram sete ou mais gestações tinham mais de 21 cmH2O a menos quando comparadas a aquelas que tiveram sete gestações ou mais (β= -21,69; p<0,001). Com relação ao POP, 14,7% das mulheres apresentaram prolapso de órgão pélvico (POP) sintomático. O POP sintomático não foi associado à PImáx. As variáveis idade, escolaridade, IMC, tabagismo e paridade foram associadas à PImáx na análise univariada, mas apenas idade, IMC e tabagismo são determinantes de PImáx no modelo multivariado. No modelo univariado, POP sintomático, idade, escolaridde, IMC e paridade foram associados à PEmáx. As mulheres com POP sintomático apresentaram PEmáx mais baixa quando comparadas às mulheres sem esta condição (β = -14,78; p = 0,014). As mulheres com maior idade e maior número de filhos (≥ 5 crianças) obtiveram piores valores de PEmáx, e aquelas com maior IMC e mais anos de estudos (> 7 anos), valores mais elevados, na análise univariada. No modelo multivariado, apenas idade, IMC e POP sintomático são determinantes para a PEmáx. Conclusão: Este estudo traz evidências de que as múltiplas gestações e POP sintomático influenciam a força muscular respiratória, uma vez que mulheres com maior número de gestações e com POP sintomático têm valores mais baixos de pressões respiratórias máximas. Ainda, outras variáveis, como o IMC e o tabagismo possuem relação com a capacidade de gerar pressões respiratórias. |