Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Emanuela de Oliveira Alves |
Orientador(a): |
Scortecci, Katia Castanho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23571
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Resumo: |
A goiabeira (Psidium guajava L.) é amplamente cultivada por seus frutos comestíveis, ocupando lugar importante entre as frutas tropicais brasileiras. No entanto, a produção da goiabeira vem sendo prejudicada e inviabilizada em várias áreas de cultivo, tendo como principal fator responsável, a infecção parasitária do Meloidogyne enterolobii. Logo, considerando a problemática dos danos promovidos pelo M. enterolobii, este trabalho teve como objetivo analisar as possíveis alterações morfológicas e enzimáticas, para entender os danos do estresse ocasionado aos 26 dias após a infecção (DAI), em plantas de Psidium spp. quando infectadas pelo nematoide M. enterolobii. Para isso, foram utilizados exemplares de goiabeira (Psidium guajava cv ‘Paluma’), consideradas susceptíveis ao nematoide, e araçazeiro da Costa Rica (Psidium friedrichstalianium), por ser uma espécie resistente ao nematoide e, por isso, ser utilizada como porta enxerto para P. guajava. Os exemplares, ao completarem quarenta dias após plantio em casa de vegetação, foram submetidos à inoculação do nematoide M. enterolobii e, aos 26 dias após a infecção com o nematoide, foram coletadas folhas e raízes para análise morfológica (determinação de área foliar), análises anatômica e histológica da raiz (análise de seções anatômicas transversais e longitudinais) e análises enzimáticas (análises de atividades de catalase, ascorbato peroxidase e peroxidase do guaiacol). Em paralelo, foi realizada uma pesquisa in silico de sequências de microarranjo relacionadas com a resistência ao estresse biótico em Arabidopsis thaliana com o intuito de identificar genes associados a este processo e que possam ser utilizados como marcadores para Psidium spp. no futuro. As análises morfológica e histológica comprovaram os danos causados pela infecção do M. enterolobii em goiabeiras e araçazeiros da Costa Rica. Foi verificado que a área foliar (AF) diminui com a infecção do M. enterolobii em P. friedrichstalianium e, em P. guajava, houve um aumento na AF. As alterações nas estruturas histológicas foram perceptíveis, aonde foi possível observar nos exemplares infectados a ocorrência de galhas nas raízes, a presença de células desordenadas, hiperplasia e hipertrofia celular, danos no xilema e possíveis formações de sítios de alimentações. Com as análises enzimáticas observamos que as atividades enzimáticas relacionadas com a EROs podem estar envolvidas no processo de infecção do nematoide em estudo. O tecido radicular da cv ‘Paluma’ apresentou menor atividade de ascorbato peroxidase (APX) em relação ao araçazeiro da Costa Rica (P. friedrichstalianium). Diante dos resultados obtidos da parte in silico foi construído um interactoma composto por 78 proteínas que foram apresentadas em grupos. As análises in silico em Arabidopsis thaliana sugerem possíveis vias de resposta envolvidas com planta hospedeira ao estresse biótico, estresse oxidativo, proteínas associadas direta e indiretamente com as duas vias, assim como também as localizações a nível celular dessas proteínas. Os dados e as evidências obtidas neste trabalho serão norteadores para futuros estudos, e a compreensão do comportamento dos processos que ocasionam a resistência das espécies de Psidium spp. a infecção pelo nematoide Meloidogyne enterolobii. Além disso, os dados in silico contribuíram em uma melhor compreensão biológica, trazendo informações que poderão auxiliar em estudos com estresse biótico ocasionado em outras dicotiledôneas. |