Complexidade estrutural e composição química das macroalgas como fatores estruturantes da fauna associada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fernandes, Felipe de Oliveira
Orientador(a): Soriano, Eliane Marinho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49568
Resumo: As macroalgas oferecem diversas funções para a fauna associada. Diante desse contexto, esta tese foi estruturada em três capítulos com o objetivo de investigar como a complexidade estrutural de diferentes macroalgas pode influenciar aspectos ecológicos da fauna associada (riqueza, densidade, diversidade e composição) e qual o papel da complexidade e da composição química das macroalgas na escolha dos animais como refúgio e/ou alimento assim como a predação. No primeiro capítulo, a influência da complexidade estrutural das macroalgas foi analisada com base nos aspectos ecológicos da fauna associada a seis espécies de macroalgas. Os aspectos ecológicos foram avaliados considerando a área fractal (espaços entre as ramificações), o perímetro fractal (nível de contorno) e volume das macroalgas. As macroalgas diferiram tanto nos atributos morfológicos quanto na complexidade estrutural. A riqueza de espécies e a densidade foram influenciadas pela complexidade estrutural das macroalgas. No segundo capítulo, foram conduzidos experimentos para avaliar as escolhas (alimentar, de habitat e pistas químicas) de anfípodas em relação a diferentes espécies de macroalgas. Gracilaria cervicornis foi a macroalga mais consumida entre as espécies ofertadas. Além disso, nos experimentos de pistas químicas (mímicos com e sem extratos algais), os anfípodas foram atraídos somente por aqueles que apresentavam extratos de G. cervicornis. Esses resultados indicam que provavelmente os anfípodas são atraídos por pistas químicas de G. cervicornis por servir primariamente como fonte alimentar. No terceiro capítulo, foram realizados experimentos a fim de determinar se a escolha de macroalgas pelos anfípodas é influenciada por predadores a partir de pistas químicas. Os animais preferiram as pistas de D. delicatula em comparação às pistas de G. cervicornis e G. coactatum. Os anfípodas também selecionaram mais as pistas de G. cervicornis em relação às de G. coarctatum. Quando as pistas de predadores foram combinadas às de D. delicatula, os anfípodas mudaram a escolha inicial para G. cervicornis. Entretanto, quando as pistas dos predadores foram adicionadas às de G. cervicornis, os animais mantiveram a preferência pelas pistas dessa macroalga em relação às de G. coarctatum. Esses resultados demonstram que, embora apresentem preferência por determinadas macroalgas, os anfípodas podem adaptar seus comportamentos a partir das pistas químicas de predadores.