Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Daniel Soares |
Orientador(a): |
Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOINFORMÁTICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51318
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Resumo: |
O sono é um estado mental e corporal importante para a consolidação das memórias. É muito conservado entre as espécies animais e provavelmente teve uma influência inicial e sustentada na evolução dos comportamentos de presas e predadores. A Teoria da Simulação de Ameaças afirma que sonhar também foi importante ao longo da evolução, devido à capacidade de alertar sobre possíveis ameaças futuras. Limitações metodológicas complicam as comparações de sono e sonhos entre presas e predadores em animais não humanos, mas isso pode ser resolvido convidando os humanos a jogar videogames. Propusemo-nos abordar a ligação entre sono, sonho e a dicotomia presa vs. predador em 13 pares de voluntários adultos que vieram ao laboratório e tiveram sua atividade cerebral registrada através de eletroencefalografia (EEG), enquanto jogavam um videogame um contra o outro por 45 minutos, então dormiam por 2 horas, tinham seus relatos de sonho coletados e então dormiam de novo por mais 45 minutos. No videogame, um participante foi caçado pelo outro em um confronto simulado de predador contra presa. Os resultados indicam que as presas relataram mais sonhos do que os predadores, e que os sonhos relacionados ao jogo contribuíram para a pontuação das presas. As presas também se beneficiaram de um sono mais profundo do que os predadores, o que também foi positivamente correlacionado com a pontuação das presas. Além disso, as presas apresentaram maior potência do EEG na banda de frequência delta (oscilações de ondas lentas entre 1 e 3 Hz), o que também favoreceu sua pontuação. Nenhum efeito foi encontrado para os fusos do sono. O desempenho da presa foi prejudicado pelo número de ocorrências do microestado C, um padrão de atividade elétrica associado com a falta de engajamento em tarefas propostas. Esses resultados sugerem que as ondas lentas durante o sono e os conteúdos dos sonhos relacionados ao jogo melhoram o desempenho pós-sono de indivíduos no papel de presa, enquanto nenhum benefício foi detectado para aqueles no papel de predador. Em conjunto, os resultados mostram que tanto o sono quanto os sonhos são importantes para a adaptação à situação de ser predado, mas não tão relevantes no contexto de ser um predador. |