Análise da expressão gênica na disfunção ventricular após o infarto agudo do miocárdio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cruz, Marina Sampaio de Menezes
Orientador(a): Luchessi, André Ducati
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44619
Resumo: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome progressiva caracterizada pela incapacidade do coração bombear sangue suficiente para os demais tecidos, e sua principal causa é o infarto agudo do miocárdio (IAM). Apesar dos avanços na identificação de marcadores associados ao remodelamento do ventrículo esquerdo (VE), o marcador ideal para uma detecção precoce e acurada da IC isquêmica ainda não foi encontrado. Sendo assim, esse estudo tem como objetivo avaliar a expressão de 13 genes previamente associados ao IAM em pacientes com disfunção ventricular após o IAM comparando-os com aqueles que não tiveram complicações após o IAM. Além disso, esse estudo buscou listar os miRNAs mais frequentemente citados na literatura por estarem relacionados ao desenvolvimento da IC isquêmica e verificar a influencia deles na expressão dos genes estudados. Os pacientes que sofreram IAM prévio foram classificados em dois grupos: disfunção do VE [fração de ejeção do VE (FEVE) ≤ 40%, n = 14] e função do VE normal (FEVE > 40%, n = 14). A expressão de ALOX15, AREG, BCL2A1, BCL2L1, CA1, COX7B, ECHDC3, IL18R1, IRS2, KCNE1, MMP9, MYL4 e TREML4 foram avaliados por RT-PCR. Apenas a expressão de KCNE1 diminuiu no grupo FEVE ≤ 40% (p = 0,007). Foi encontrada correlação positiva entre KCNE1 e fração de ejeção (r = 0,557; p = 0,001). Houve um risco de 12,25 vezes (IC 95%: 1,33 - 113,06; p = 0,027) de disfunção do VE para pacientes com menor expressão de KCNE1. A expressão de KCNE1 mostrou alto AUROC (AUROC: 0,811, IC 95%: 0,642-0,979, p = 0,007), indicando a expressão de KCNE1 como um bom preditor em desfechos cardíacos. Análise da literatura mostrou que os miRNAs mais associados com o desenvolvimento da IC isquêmica são miR-499, miR-1, miR-133a, e miR-208b, sendo o miR-1 já descrito como regulador da expressão do KCNE1, de acordo com banco de dados público miRNet. Dessa forma, este estudo sugere que a expressão de KCNE1, bem como seus mecanismo regulatórios como o miR-1, podem estar relacionados com os níveis de FEVE e, portanto, com o risco de desenvolvimento da IC pós-IAM.