A biopolítica em Giorgio Agamben: estado de exceção, poder soberano, vida nua e campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Danigui Renigui Martins de
Orientador(a): Alves Neto, Rodrigo Ribeiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22594
Resumo: O conceito de biopolítica tem se tornado um rico instrumento de análise ou uma esclarecedora chave hermenêutica para a reflexão contemporânea sobre a lógica do poder, a genealogia do governo e o significado da política no mundo moderno. As diferentes concepções de biopolítica têm cada qual suas especificidades. O foco da abordagem do presente estudo será exclusivamente o diagnóstico biopolítico do presente elaborado por Agamben, no qual o conceito de biopolítica está centrado na politização da vida biológica. Procuramos mostrar o modo como a “arqueologia da biopolítica” empreendida por Agamben pode ser compreendida a partir da análise de quatro noções fundamentais, quais sejam: poder soberano, vida nua, estado de exceção e campo. Analisamos, primeiro, de que modo Agamben pensou a associação entre o domínio político e a animalização do homem a partir das lacunas deixadas pelas investigações de Arendt e Foucault. Em um segundo momento, examinamos a relação entre a organização soberana dos corpos e o estado de exceção. No terceiro passo de nosso percurso, analisamos a politização da vida nua e a produção do homo sacer, a sacralidade da vida. Em uma quarta e última etapa, esclarecemos de que modo Agamben pensou o “campo” como “nómos” secreto da biopolítica na modernidade. Trata-se de explicitar de que forma a reflexão de Agamben sobre o nexo existente entre poder político e vida nua se articula em torno desses quatro aspectos estruturantes. Buscamos evidenciar a relevante contribuição que o pensamento de Agamben oferece para o diagnóstico crítico da racionalidade política nas sociedades contemporâneas, aprimorando nossa compreensão sobre as novas formas do poder na modernidade tardia.