Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Wilma Maria da Costa |
Orientador(a): |
Ferreira, Maria Angela Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24957
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Resumo: |
Introdução: Os acidentes de transporte terrestre se constituem em relevante problema de saúde pública mundial dada a sua magnitude e transcendência, bem como ao alto custo humano e material que acarreta a sociedade. Em função do aumento dos sobreviventes de acidentes de transporte terrestre com lesões leves e graves, nos últimos anos, conhecer as vítimas sob o ponto de vista de características epidemiológicas e a percepção do estado de saúde, torna-se útil para melhor monitorar as vítimas pelos sistemas de saúde. Objetivo: Estimar a prevalência e identificar os fatores associados aos acidentes de transporte terrestre, bem como seus efeitos sobre a saúde autorreferida da população brasileira, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Método: Estudo de associação de fatores que utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013, através do inquérito populacional de base domiciliar, pelo Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, realizada no período de agosto de 2013 a fevereiro de 2014. Para a análise dos dados foram calculadas as frequências relativas dos aspectos relacionados aos acidentes de transporte terrestre e da saúde autorreferida, para fins de caracterização da população de estudo. As associações foram verificadas pelo teste Qui-Quadrado, considerando-se um nível de significância de 5%. Na sequência foram estimadas as razões de prevalência bruta e ajustadas, utilizando regressão de Poisson com variância robusta, níveis de significância de 0,05. Para estimar as razões de prevalência ajustadas, inicialmente foi realizada análise bivariada, que verificou associação dos acidentes de transporte terrestre com as variáveis sociodemográficas e as relacionadas aos aspectos da ocorrência; da saúde autorreferida com as variáveis sociodemográficas, socioeconômica e aspecto inerente à consequência do evento. As associações que apresentaram valor de p<0,05 foram incluídas no modelo multivariado. Resultados: Do total de entrevistados na Pesquisa Nacional de Saúde, 3,2% dos indivíduos relataram ter sofrido acidentes de transporte terrestre no Brasil. Na análise de acidentes de transporte terrestre, variáveis sociodemográficas e aspectos envolvidos no evento, os indivíduos do sexo masculino (RP=1,46 e IC95%: 1,22–1,75), que relataram não serem casados (RP=1,30 e IC95%: 1,12–1,52), dirigirem motocicleta (RP=2,41 e IC95%: 1,84–3,15) apresentaram maior probabilidade de referir envolvimento em acidente de transporte terrestre. As variáveis idade e frequência com que anda de moto mostraram associação inversa com o desfecho. Na análise da saúde autorreferida, variáveis sociodemográficas e socioeconômica, os indivíduos vítimas de acidentes de transporte terrestre que sofreram sequelas e/ou incapacidades (RP=1,51 e IC95%: 1,17–1,96), com mais de 40 anos (RP=1,75 e IC95%: 1,35–2,27), pertencentes tanto à classe social D e E (RP=2,82 e IC95%: 1,58–5,00) quanto a C (RP=2,60 e IC95%: 1,49–4,54) apresentaram maior probabilidade de autoavaliar o estado de saúde como precário. Faz-se necessário destacar ainda, que sequela e/ou incapacidade é a variável independente principal e as demais são de ajuste. Conclusões: Os acidentes de transporte terrestre no Brasil são mais prevalentes em motociclistas, do sexo masculino e não casado. Já os que sofreram sequelas nos acidentes, com idade mais avançada e das classes menos favorecidas economicamente possuem um estado de saúde mais precário. Tais resultados devem subsidiar políticas públicas e programas de prevenção, de promoção da saúde e segurança no trânsito, com atuação intersetorial, que vai muito além de medidas educativas e campanhas de mídia. |