Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Alex Rodrigues |
Orientador(a): |
César, Cibele Comini |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10748
|
Resumo: |
Um dos pressupostos da Política Nacional de Saúde Bucal é a utilização da epidemiologia para subsidiar o planejamento das ações de saúde bucal. Tradicionalmente, a necessidade normativa, determinada por profissionais em exames clínicos, é a mais utilizada em estudos epidemiológicos com foco em agravos bucais. Entretanto, realizar o retrato epidemiológico de uma população por meio de exames odontológicos demanda conhecimento técnico especializado e exige a utilização de recursos frequentemente limitados. Questionários ou entrevistas são alternativas reconhecidamente mais simples e econômicas aos exames clínicos em estudos de grande porte. Todavia para que a autopercepção da necessidade de tratamento seja utilizada como ferramenta epidemiológica de planejamento e gestão dos serviços de saúde bucal é fundamental conhecer sua validade e sua concordância com a avaliação clínica, estimando o quanto o autorrelato se aproxima de uma avaliação normativa da mesma população. O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar a relação entre a autopercepção e a avaliação clínica das necessidades de tratamentos odontológicos em adultos e idosos. Foram utilizados os dados referentes a adultos e idosos que participaram do SB Brasil 2010 – Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, e do SB Minas Gerais 2012 – Pesquisa sobre as condições de saúde bucal da população mineira. As medidas de autopercepção das necessidades de tratamento foram comparadas com os exames clínicos realizados por cirurgiões-dentistas, considerados como padrão-ouro. Foram calculadas as medidas de validade para as necessidades de tratamento dentário e de próteses totais em adultos e idosos. O percentual de concordância entre a avaliação clínica e a autopercepção e seus fatores associados foram determinados para o tratamento dentário em adultos e para a prótese total em idosos. A autopercepção de necessidade de tratamento dentário em adultos e de necessidade de próteses totais em idosos apresentaram valores aceitáveis de validade. A concordância entre a autopercepção e a avaliação clínica foi alta em ambas as questões pesquisadas. Características sociodemográficas, de uso de serviço e condições clínicas estiveram positivamente associadas à concordância para prótese total em idosos. No tocante à necessidade de tratamento dentário em adultos, condições clínicas e impactos autorrelatados estiveram associados à maior concordância, enquanto a visita recente ao dentista esteve associada à menor concordância. A autopercepção da necessidade de tratamento dentário em adultos e de prótese total em idosos são ferramentas válidas para serem utilizadas em levantamentos epidemiológicos em substituição aos exames clínicos. A identificação dos fatores associados às concordâncias apresenta a possibilidade de construção de questionários mais precisos que visem aumentar a acurácia das respostas coletadas. Ademais, aponta para a necessidade de reforço de estratégias educacionais voltadas para adultos e idosos a fim de aprimorar a autopercepção de parte dessas populações. |