De flagelados da seca a soldados da borracha: sertanejos potiguares nos sertões amazônicos (1942-1946)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cunha, Tuylla Rayane Tavares da
Orientador(a): Lima, Jailma Maria de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DOS SERTÕES
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45748
Resumo: Denominados como flagelados da seca, a população sertaneja do Nordeste brasileiro se tornou protagonista de determinados acontecimentos da história do Brasil, que os elevaram a outra categoria: a de soldados da borracha. Em decorrência da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e dos acordos firmados entre Brasil e Estados Unidos, os nordestinos foram convocados pelo Governo Vargas para integrar o esforço de guerra nos seringais amazônicos. Dessa forma, visando contribuir com o esforço de guerra e com o povoamento do Vale Amazônico, o governo brasileiro promoveu o deslocamento de milhares de nordestinos em direção à Amazônia. Assim sendo, neste trabalho, buscamos analisar como se deu a participação dos sertanejos do Rio Grande do Norte no Exército da Borracha, bem como o contexto político e social em que essa população se encontrava quando de sua inserção nesse esforço de guerra. Além disso, procuramos investigar como se desenvolveu a Campanha da Borracha no estado e a contribuição da propaganda nesse processo. Os diálogos teóricos se desenvolveram com a História Política e Social, a partir das contribuições de José D’Assunção Barros (2005, 2012) e René Remond (2003). Alguns conceitos foram essenciais para o desenvolvimento deste trabalho, como o de Sertões, discutido por Durval Muniz de Albuquerque Jr. (2011, 2012, 2019) e Antonio Carlos Robert Moraes (2012); o de propaganda, proposto por Maria Helena Rolim Capelato (2009); e os de política e migração, a partir das contribuições de Isabel Cristina Martins Guillen (1999), Frederico de Castro Neves (2000, 2001), Maria Verônica Secreto (2007) e Francisco Pereira Costa (2015). Metodologicamente, usamos a técnica qualitativa, envolvendo técnicas de observação documental de arquivo, de imprensa e de textos bibliográficos. As fontes consultadas, por sua vez, foram os jornais A Ordem, O Diário de Natal, O Acre, e os documentos referentes à organização administrativa do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia.