Experiências e crenças sobre o ensino-aprendizagem de escrita construídas por alunos de jornalismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Marcos Nonato de
Orientador(a): Gomes, Adriano Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48222
Resumo: Este trabalho explora as experiências e as crenças em torno do processo de ensino- -aprendizagem de escrita. As experiências podem ser consideradas como a origem de todo conhecimento humano, e, por isso, são importantes para este estudo. Já as crenças são formadas a partir das experiências dos indivíduos, as quais influenciam as atitudes, as intenções e as emoções que os indivíduos mobilizam na sala de aula. Nesta pesquisa, discuto as experiências e as crenças de alunos de Jornalismo no tocante à escrita, construídas no contexto familiar, no contexto da escola básica e na universidade. Para a construção da fundamentação teórica, foram utilizados os estudos de Bakthin (1995, 1997), Garfinkel (1984), Miccoli (2007, 2010), Barcelos (2001, 2004, 2007, 2006, 2010), Antunes (2003, 2005, 2009) e Bazerman (2006), entre outros. Trata-se de uma investigação inserida nos limites da Linguística Aplicada e de base teórico-metodológica delineada pela etnometodologia, uma vez que se utiliza de seus conceitos fundamentais para compreender o objeto de pesquisa e construir suas análises. Além disso, toma como referência técnica os elementos constitutivos do método etnográfico, bem como utiliza um enfoque qualitativo-interpretativista de pesquisa. Os informantes foram vinte e cinco alunos pertencentes ao curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, e o instrumento utilizado para a coleta do corpus foi o autorrelato. Os resultados, grosso modo, apresentam uma crença de escrita como meio de interação social. Com relação às experiências e às crenças advindas do contexto familiar, os informantes acreditam na influência da família sobre o seu desenvolvimento na escrita. No tocante à escola básica, os depoimentos atestam que ela tem tido um papel positivo para a formação dos alunos, embora apontem para a necessidade de a tarefa da escrita ser mais valorizada como uma atividade sociointeracional. Quanto ao curso de Jornalismo, os relatos revelam uma graduação que tem cumprido com sua função de formadora de estudantes competentes na tarefa de escrever. Contudo, ressaltam que a tarefa de produzir textos, nesse curso, não representa uma atividade efetivamente interacional, e que as abordagens de tratamento do texto não desenvolvem eficientemente a motivação dos alunos. Para que a atividade de escrita seja motivadora na universidade, é preciso abordá-la, cada vez mais, como um trabalho que reflita a vida cotidiana e que tenha outros leitores além do professor.