Resposta isotópica em Siderastrea stellata à variabilidade climática no Atol das Rocas - RN, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Agostinho, Paula Gabriela Fernandes
Orientador(a): Mendes, David
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31397
Resumo: No cenário climático atual, a necessidade de fornecer projeções sobre a evolução futura do tempo e do clima com precisão, demanda de registros históricos ambientais de longo prazo. O registro histórico dos eventos climáticos no Brasil é relativamente curto, raramente ultrapassando 100 anos de duração, principalmente com relação aos dados provenientes de regiões oceânicas. Em muitas regiões oceânicas da zona tropical, os corais contribuem significativamente para preencher essa ausência de dados instrumentais, entretanto, no Brasil, pesquisas baseadas em corais endêmicos são limitadas. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi contribuir para validação de dados geoquímicos, obtidos no esqueleto do coral Siderastrea stellata como indicadores paleoclimáticos para o Atol das Rocas. Esta reserva biológica, não possui monitoramento climático, e aqui, em um estudo pioneiro, a caracterização do comportamento climatológico da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e Precipitação para 55 anos de dados foi desenvolvida, em associação às variações provocadas pela influência dos principais sistemas e fenômenos oceânico-atmosféricos, responsáveis pela variabilidade climática do Nordeste do Brasil: a Zona de Convergência Intertropical, o Gradiente Meridional do Atlântico, e El Niño Oscilação Sul. Após este estudo inicial, foram investigadas as alterações de isótopos estáveis de carbono (δ13C), isótopos estáveis de oxigênio (δ18O), e das Razões Estrôncio/Cálcio (Sr/Ca) em resposta ao aquecimento e precipitação provocada pelos modos de variabilidade anteriormente mencionadas. A comparação dos dados geoquímicos com os ambientais, mostrou que a espécie Siderastrea stellata apresenta um grande potencial para ser utilizada em estudos paleoclimáticos, principalmente nos que apresentam relação com a TSM.