Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Alvarenga, Sheila Dinnah Souza da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23705
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Resumo: |
Os novos discursos sobre a velhice contrariam as representações tradicionais que associam essa fase de vida a decreptude, doenças e limitações ao apresentá-la como um processo que engloba a atividade, novas aprendizagens, flexibilidade, satisfação pessoal e novos vínculos afetivos e amorosos. Desse modo, engendra-se uma nova perspectiva sobre o processo de envelhecimento e a velhice se transforma em terceira idade. Essa nova perspectiva estimula os idosos a se manterem saudáveis e ativos, transformando a juventude em um valor que pode ser alcançado independentemente da idade cronológica. Nesse contexto, a mídia exerce grande poder na construção da imagem das diversas etapas da vida, impõe aos idosos uma nova relação com o consumo e com o corpo, buscando aproximá-los da ideia de juventude. Como pressuposto, assume-se que o idoso que se mantém ativo para o consumo é o idoso que a mídia valoriza e a imagem que a mesma perpetua em seus canais. No primeiro capítulo, são apresentados os dados demográficos sobre a velhice, discutem-se as palavras que designam o velho e os seus usos ao longo da história, de acordo com a concepção de Silva (2008) e Debert (1997, 1998, 2012), assim como a evolução da velhice como centro do discurso político e social. No segundo capítulo, discorre-se sobre o envelhecimento do corpo na sociedade atual, na perspectiva de Le Breton (2007); e as implicações para a autoimagem que os velhos constróem sobre si mesmos a partir do conceito de biopolíticas, biopoder e cuidado de si de Foucault (1998, 1999). No terceiro capítulo, de acordo com a ideia de Simone de Beauvoir (1990) de “conspiração do silêncio”, busca-se romper esse silêncio dando voz aos velhos, que de maneiras distintas encontraram o seu modelo de bela velhice, conceito cunhado pela autora e desenvolvido por Goldenberg (2013). Através da pesquisa etnográfica e da sociologia compreensiva, a presente dissertação busca investigar como esses velhos, consumidores de serviços e produtos de cuidado com o corpo em geral, estabeleceram modelos de “bela velhice”, através da adoção de um estilo de vida que foge das representações sociais tradicionais do envelhecimento e engendram uma nova representação ao longo dos últimos anos. |