Um baque pela ancestralidade: nação zamberacatu, pertencimento e construção de um Egbé (comunidade) Afro-Potiguar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Karolyny Alves Teixeira de
Orientador(a): Assunção, Luiz Carvalho de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51179
Resumo: Este trabalho busca dialogar sobre o Maracatu Nação como uma manifestação cultural de luta e resistência. Ser uma nação de maracatu significa ter estreita relação com a ancestralidade cultuada nas religiões de matriz afro-brasileira. Nesse sentido, utilizo de elementos da cosmovisão africana (OLIVEIRA, 2020) para desenhar caminhos de pertencimento da Nação Zamberacatu aos povos de terreiros, construindo assim um Egbé, uma sociedade afro-potiguar. Entendendo que nessa construção estão envolvidos aspectos religiosos, culturais e políticos, este trabalho procura estudar as relações que, desenvolvidas no contexto da manifestação, desencadeiam processos significativos para dialogar sobre a tradição na contemporaneidade, a construção de uma identidade negra e os significados de um matriarcado dentro de um maracatu nação, pensando-o como elemento central para a compreensão e culto da ancestralidade. Os procedimentos metodológicos estão dispostos de maneira que a escolha dos autores e da metodologia visa demarcar território de pertencimento social e dar voz a intelectuais racializados. Utilizo, desse modo, como estratégia uma escrita sobre a população negra que parta dela mesma nos moldes da pesquisa afrodescendente (CUNHA JUNIOR, 2013), tendo a escrevivência (EVARISTO, 2017) como maneira de assumir o lugar do ser que brinca e escreve, é pesquisadora e pesquisada. Utilizo igualmente a valoração da palavra falada, a oralidade, como elemento que faz nascer a escrita (A. HAMPATÉ BÁ, 2010) e a observação atrelada à perspectiva do ser afetado (FAVRET-SAADA, 1990), no sentido de construir um texto que se aproxima da escrita experimental (FLEISCHER,2018), com fluidez e que evoca horizontes.