Egressos universitários com deficiência e inserção no mercado de trabalho competitivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinheiro, Maíra Dal'Maz
Orientador(a): Melo, Francisco Ricardo Lins Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28253
Resumo: O processo de transição de alunos funcionalmente diferenciados, do contexto da universidade para o mundo do trabalho, constitui-se em um tópico desafiador e de interesse investigativo. Nesse sentido, os pesquisadores passam a concentrar esforços na busca de respostas que podem evoluir para ações de políticas públicas, com vistas à inserção ou inclusão no mercado de trabalho competitivo. Tais esforços contemplam, por exemplo, o processo de transição da universidade para a vida profissional; a definição apurada do perfil de competências desse contingente de alunos, para atender às demandas profissionais; a customização do ambiente de trabalho; a concepção dos gestores sobre a inserção e também inclusão laboral dessa população e a percepção desses alunos egressos da universidade a respeito do ambiente corporativo. Frente a tal cenário, como o objetivo da Educação Superior é formar sujeitos qualificados para o mercado de trabalho, há a hipótese de que a estigmatização acompanhe esse sujeito com deficiência na busca pelo emprego. Por isso, o objetivo geral deste estudo é delinear o perfil dos egressos universitários com deficiência, diplomados no período 2011-2017. Quanto aos objetivos específicos, a proposta investigativa consiste em: a) caracterizar os egressos com deficiência participantes da pesquisa; b) avaliar a percepção desses egressos quanto à modalidade de formação acadêmica oferecida; c) verificar como concebem sua própria inserção e inclusão laboral na sociedade. Trata-se de pesquisa de caso de natureza exploratória e descritiva (GIL, 2000), com abordagem mista quali-quantitativa (CRESWELL, 2010), através do instrumento validado, que consistiu em um questionário on-line, por meio da plataforma Formulários Google, incluindo-se conteúdos de natureza sociodemográfica. Foi também realizada uma entrevista planificada com o gestor responsável pelo acompanhamento de egressos da instituição. Os dados foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo (BARDIN, 1979), a partir da estatística descritiva e das categorias: formação acadêmica, inclusão na Educação Superior e inserção no mercado de trabalho. No período do recorte temporal, formaram-se, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 55 pessoas com deficiência, das quais 32 responderam ao questionário. A universidade precisa estar atenta para uma formação que de fato prepare o discente para se inserir no mercado de trabalho, com as competências e habilidades que sua profissão exige e considerando as diversidades inerentes à condição humana. Outrossim, deve pensar estrategicamente na orientação profissional de seus discentes, preparando-os para a transição e garantindo o contato com o mundo do trabalho e com práticas profissionais durante a formação acadêmica. É ainda fundamental que as políticas institucionais de acompanhamento de egressos sejam mais articuladas e efetivas, uma vez que apresenta fragilidades na sua implementação. Tais dados obtidos, posteriormente, servirão de indicadores na promoção de mudanças inovadoras. Além disso, a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho é uma diretriz sem precedentes para se engendrar ações de políticas públicas inspiradas nas ideologias inclusivas.