Melhoria da qualidade do protocolo sepse pediátrico em um hospital terciário do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cavalcante, Ana Egliny Sabino
Orientador(a): Medeiros Júnior, Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: MESTRADO PROFISSIONAL GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26340
Resumo: Introdução: A sepse é caracterizada como uma resposta sistêmica a uma doença infecciosa seja ela causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários, manifestando-se como diferentes estágios clínicos de um mesmo processo fisiopatológico. Atualmente, no Brasil, é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Este problema de saúde reflete, também, a realidade do hospital em estudo, correspondendo à causa primordial de mortalidade dos usuários hospitalizados, especialmente nos serviços de pediatria. Objetivo: Melhorar a aplicação e efetividade do protocolo sepse no eixo pediátrico em um hospital terciário do Ceará. Metodologia: Com base em um ciclo de melhoria da qualidade, desenvolveu-se um estudo quaseexperimental antes-depois, sem grupo controle, seguindo as diretrizes do SQUIRE. A pesquisa foi realizada no eixo pediátrico de um hospital terciário do interior do estado do Ceará, entre os anos de 2017 e 2018. Definiram-se critérios de qualidade baseados em evidências para o manejo adequado da sepse. As intervenções foram planejadas e implementadas de forma participativa com o objetivo de melhorar a adesão aos critérios de qualidade avaliados. Após as intervenções, os critérios foram reavaliados a fim de mensurar os efeitos das mesmas e identificar as oportunidades de melhoria que pudessem orientar a continuidade das ações locais. Calculou-se a estimativa pontual dos critérios em cada avaliação, a melhoria absoluta e relativa depois da intervenção e a significância estatística da melhoria com teste de hipótese Z unilateral. Preservaram-se os preceitos éticos da resolução 510/16. Resultados: Avaliou-se 8 critérios de qualidade relacionados ao protocolo sepse pediátrico e os níveis de cumprimento na primeira avaliação variaram entre 56,9% e 97,1%. Após as intervenções, a conformidade dos critérios oscilou entre 62,8% e 93,8%. Evidenciou-se melhoria em 6 critérios avaliados e uma redução na conformidade de 2 critérios que estavam com um cumprimento superior a 90% na avaliação inicial. Conclusões: Os critérios de qualidade baseados em evidências científicas e os resultados obtidos pela avaliação do seu nível de conformidade, antes e depois da intervenção, demonstrou que o ciclo de melhoria da qualidade interno foi útil para garantir uma melhor qualidade do protocolo sepse pediátrico, através de procedimentos sistemáticos e assistência segura.