Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Leonardo Henrique Coimbra |
Orientador(a): |
Yamamoto, Maria Emília |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49745
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Resumo: |
A violência associada ao futebol, ou hooliganismo, constitui um fenômeno global que causa prejuízos à sociedade. Incorporar fundamentos evolutivos sobre altruísmo e coesão de grupo ao conhecimento sobre esse fenômeno pode ajudar a explicar sua universalidade. O altruísmo paroquial representa esses fundamentos e sua investigação pode ser feita por meio de jogos econômicos que quantificam suas motivações subjacentes. No entanto, tais motivações podem não ser devidamente representadas quando os custos inerentes à ação altruísta são desconsiderados. Assim, hipotetizamos que torcedores de futebol diferem em grau de motivação altruísta, e que esta é moderada por um traço cognitivo relativo à coesão de grupo, a identidade social. Para testar isso, os torcedores responderam a questionários de identificação com seu time, e participaram de uma variação do jogo do ditador. Nesse quasi-experimento, operacionalizamos os custos biológicos do altruísmo paroquial por meio do esforço físico (generosidade) investido na resolução dos dilemas sociais do jogo, representados por três condições independentes: prósocial com o próprio time; pró-social com um time rival; e antissocial. Demonstramos que a variação da identificação com o time moderou, diretamente, a antissocialidade, inversamente a pró-socialidade a um time rival, e não moderou a pró-socialidade ao próprio time. Além disso, classificamos a população, conforme a variação da identificação com o time, em dois tipos de torcedor: os de identificação tênue e de identificação saliente. Concluímos que torcedores ajudaram seu time independentemente do quanto sejam identificados com ele. No entanto, os torcedores de identificação saliente foram mais propensos que os demais a expressar o hooliganismo, enquanto torcedores de identificação tênue foram mais propensos que os demais a ajudar seus rivais. Enfim, provemos uma ferramenta tipológica que classifica torcedores segundo sua generosidade e identificação ao time. Essa ferramenta é consistente com os pressupostos evolutivos do altruísmo paroquial e apresentou satisfatório poder preditivo sobre o hooliganismo. |