Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Gabriel Godinho Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-27112017-122000/
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Resumo: |
A dissertação aborda o tema da caridade privada e da assistência pública aos pobres em três autores do período clássico da Economia Política britânica: Adam Smith, Thomas Malthus e Jeremy Bentham. Argumenta-se que a questão está intimamente conectada à visão de natureza humana de cada um destes autores, bem como ao contexto histórico marcado pelas legislações conhecidas como \"Leis dos Pobres\" na Inglaterra. Smith aborda o assunto com ênfase em aspectos psicológicos e morais do homem, indicando que existem sérios obstáculos à realização da caridade direcionada aos mais necessitados, principalmente devido a menor propensão humana de simpatizar com o pobre, se comparada à propensão de simpatizar com pessoas mais afortunadas. Entretanto, para Smith, uma sociedade livre seria capaz de reduzir a pobreza extrema através da grande geração de riquezas consequente da divisão do trabalho e acumulação de capital, reduzindo a miséria e a necessidade da caridade. Na obra de Malthus, apresenta-se a visão de natureza humana partindo dos princípios da busca pela sobrevivência e reprodução, que teriam como consequência um aumento populacional sempre que a miséria fosse aliviada. A caridade, neste contexto malthusiano, deveria ser reservada a indivíduos merecedores, com \"freio moral\", e as Leis dos Pobres deveriam ser abolidas. Já a abordagem de Bentham tem base em seu princípio da utilidade, bem como em sua perspectiva de que as motivações humanas são governadas pela busca do prazer e fuga da dor. A partir daí, Bentham evidencia a impossibilidade de que a caridade privada venha a suprir toda a demanda de caridade por indigentes. Para que se resolva o problema, o autor propõe o estabelecimento de uma instituição privada, a National Charity Company, que com subsídio público, se responsabilize pela eliminação da indigência através do encarceramento, auxílio e trabalho compulsório de todos indigentes capazes de realizá-lo. Defende-se que os três autores possuem abordagens diferenciadas, contudo, constata-se que são suas premissas comportamentais - melhor compreendidas como a \"natureza humana\" em suas teorias - que fundamentam muitas de suas conclusões sobre os temas da caridade e Leis dos Pobres. |