Pessoas, lugares e emoções: explorando a relação pessoa-ambiente em autobiografias ambientais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Damasceno, Raul Bezerra
Orientador(a): Pinheiro, José de Queiroz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28396
Resumo: A humanidade vive em praticamente todas as partes do planeta. Os lugares são diferentes, assim como as experiências nesses. As pessoas vivem os lugares, e estes, por sua vez, passam a viver nas pessoas a partir do processo de atribuição de significado. Processos de memória que envolvem a emoção transformam as experiências marcantes em lembranças. Este estudo qualitativo e exploratório tem como objeto Autobiografias Ambientais e os processos cognitivo-afetivos que abarcam, visando explorar a expressão escrita da relação pessoaambiente. Especificamente, é feita a compreensão da expressão escrita da afetividade. A pesquisa foi de natureza documental. Nela, foram analisadas 133 Autobiografias Ambientais por meio de análise de conteúdo temática. Os dados foram organizados em quatro temas: o brincar, a afetividade, a expressão do self e a perspectiva temporal. Foi observado que o fenômeno brincar se constitui em uma forma singular de se relacionar com o ambiente, se associando ao conceito de affordance de Gibson (1983). A afetividade é expressa via sentimentos com relação aos lugares, não sendo possível detectar emoções em relatos escritos, tendo em vista seu caráter fortemente biológico. As pessoas utilizam as autobiografias como um espaço para reflexão, alterando suas ideias de self. No entanto, o conflito entre diversos tipos de self pode explicar distorções nas lembranças relatadas. A perspectiva temporal foi observada como sendo de maneira linear, sendo marcada principalmente por datas e mudanças de ambiente, às vezes por distorções espaciais que podem ser explicadas pelo acesso ao tempo subjetivo. O estudo realizado atingiu os objetivos propostos e alguns dos achados corroboram Elali e Pinheiro (2008) e Cooper-Marcus (1992, 2014).