Avaliação da prevalência, fatores de virulência, susceptibilidade antifúngica e relacionamento genético de isolados clínicos e ambientais de Cryptococcus spp. e gêneros relacionados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Lana Sarita de Souza
Orientador(a): Chaves, Guilherme Maranhão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45977
Resumo: Cryptococcus é um gênero de leveduras encapsuladas pertencentes ao filo Basidiomicota, que inclui várias espécies distribuídas ao redor do mundo, em diferentes ambientes como fezes de aves, solo, vegetação em decomposição e ocos de árvores. Espécies do complexo Cryptococcus gattii/Cryptococcus neoformans são os principais agentes etiológicos da criptococose, uma doença infecciosa de distribuição mundial. Vários fatores de virulência foram caracterizados para C. neoformans, tais como a cápsula polissacarídica, capacidade de crescimento a 37ºC, produção de melanina, e de enzimas e formação de biofilme. O objetivo deste estudo foi investigar o potencial patogênico e a susceptibilidade antifúngica de Cryptococcus spp. e gêneros relacionados isolados de amostras ambientais e clínicas. Papiliotrema laurentii apresentou propriedades fenotípicas mais semelhantes às cepas do complexo de espécies C. gattiii/C. neoformans. Naganishia spp. produziram níveis mais elevados de fosfolipase e hemolisinas. No entanto, as cepas do complexo de espécies C. gattiii/C. neoformans apresentaram cápsulas nitidamente mais largas, produziram mais biomassa de biofilme e melanina. Além disso, maior número de cepas de espécies não pertencentes ao complexo C. gattiii/C. neoformans revelaram fenótipos não selvagens ao Fluconazol, Itraconazol ou Anfotericina B. As cepas de C. deuterogattii produziram biomassa de biofilme estatisticamente mais significativa do que C. neoformans. Os isolados clínicos de P. laurentii e Nagasnishia spp. apresentaram forte produção de melanina. Esses achados, podem ter relevância para a colonização ambiental e de pacientes em futuras infecções, principalmente pelo fato de os isolados ambientais terem sido obtidos da área externa de um importante hospital terciário da cidade de Natal-RN, Brasil.