Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Renata Kivia Dantas |
Orientador(a): |
Campos, Herculano Ricardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44761
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Resumo: |
Esta pesquisa teve o objetivo de analisar a prática profissional da psicologia no atendimento às mulheres em situação de violência no estado do Rio Grande do Norte (RN). Na perspectiva aqui adotada, a violência contra a mulher é entendida como consequência de um problema social mais complexo: as desigualdades que são construídas entre mulheres e homens. Desse modo, a lógica que orienta este estudo expressa uma ruptura com explicações biológicas no tocante às diferenças entre as práticas sociais femininas e masculinas e parte do pressuposto de que estas diferenças são construídas, transformadas socialmente e repousam sobre uma hierarquização que tem uma base material a qual deve ser apreendida historicamente. As estratégias metodológicas utilizadas para a produção da pesquisa foram: entrevistas semiestruturadas com as psicólogas atuantes nos serviços especializados de atendimento à mulher do RN e análise dos documentos que orientam as práticas dentro dessa política. Para a análise e discussão dos resultados, contamos com a perspectiva materialista histórico-dialética. As discussões realizadas demonstraram muitos desafios que se apresentam à psicologia enquanto ciência e profissão. Identificamos muitas lacunas no que se refere aos conhecimentos teóricos e práticos que possam direcionar a realização do trabalho, além de dificuldades na delimitação do papel da psicologia em relação aos outros profissionais, impedindo a definição da práxis e das possibilidades de intervenção. Tais aspectos remeteram às insuficiências na formação acadêmica que têm refletido no cotidiano das profissionais, que acabam se sentindo inseguras no manejo dos casos e adquirem capacitação, principalmente, a partir do contato com a própria experiência profissional. Desse modo, é necessário que a formação em psicologia reflita sobre a produção de saberes e de práticas nos vários campos nos quais a categoria é convocada para atuar, superando as concepções tradicionais e clínicas que têm ainda sobressaído nos espaços de ensino. |