Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lima, Emiliana Oliveira de |
Orientador(a): |
Faria, Marilia Varella Bezerra de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52032
|
Resumo: |
Esta pesquisa investiga como ocorre o processo de constituição identitária de sujeitos aprendizes de Libras no Centro Estadual de Capacitação de Educadores e de Atendimento às Pessoas com Surdez – CAS Natal. A interação dialógica é inerente ao ímpeto humano de se relacionar socialmente, acontecendo por meio de diferentes linguagens, sejam orais ou visuais. Nessas relações de alteridade, somos, inevitavelmente, refratados pelos discursos que nos circundam, o que reverbera nossas constituições identitárias. Sendo assim, situamo-nos no grande terreno (in)disciplinar da Linguística Aplicada (FABRÍCIO, 2017; MOITA LOPES, 2006, 2013; PENNYCOOK, 2006; KLEIMAN, 2013), cujos pressupostos dialogam a partir do sujeito em sua singularidade, com o objetivo de criar inteligibilidade sobre problemas sociais em que a língua tem papel central. Para robustecer as discussões desta investigação, recorremos aos estudos do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2011, 2015, 2016, 2017a, 2018; VOLÓCHINOV, 2018, 2019), para nos amparar quanto à questão de linguagem enquanto prática social; para fundamentar as discussões acerca das identidades, nos baseamos nos Estudos Culturais (HALL, 2014, 2020; CANCLINI, 2016, 2019; WOODWARD, 2014); e para as fundamentações relacionadas à Libras e às constituições identitárias dos seus aprendizes surdos e ouvintes, nos ancoramos nos Estudos Surdos (ALBRES, 2016; LODI, 2004, 2006, 2021; GESSER, 2009a, 2009b; PERLIN e MIRANDA, 2003; PERLIN e REIS, 2012; QUADROS, 2017, 2019; ROSA, 2012; SÁ, 2010; SKLIAR, 1998). A construção dos dados constituiu-se na perspectiva da LA embasada na abordagem qualitativointerpretativista, realizada por meio da aplicação de questionário e de entrevista com onze sujeitos surdos e ouvintes do referido Centro. A partir das análises, reconhecemos que, por meio de seus discursos, os sujeitos revelam identidades plurais, desde interessadas pelo outro e pela língua, envolvidas nas causas surdas, a orgulhosas dos seus posicionamentos identitários de aprendizes de Libras enquanto pessoa surda, mãe de surdo e professora de surdos. Assim, concluímos que todas elas atravessam a ressignificação da surdez, que se dá por intermédio de diversificadas experiências dialógicas. |