Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Sayonara Oliveira |
Orientador(a): |
Melo, Symone Fernandes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19405
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Resumo: |
A adoção estabelece o estado de filiação, decorrente de ato jurídico, atribuindo à criança e aos pais os direitos e obrigações inerentes a tal condição, sendo juridicamente irrevogável. Entretanto, na prática, há adoções que não se concretizam, sendo a criança devolvida à justiça no decorrer ou mesmo após o encerramento do processo judicial. Denomina-se adoção tardia, a adoção de crianças com mais de dois anos, sendo esta ainda permeada por estigmas e mitos, sendo a devolução da criança à justiça mais frequente nestes casos. A adoção tardia envolve um processo de construção de uma relação singular, com uma criança cuja história pregressa é comumente marcada pelo rompimento da relação com a família de origem, por violação de direitos e, em alguns casos, pela experiência do acolhimento institucional. Diante de tal cenário, esta pesquisa, fundamentado na Analítica Existencial proposta por Martin Heidegger, busca compreender a experiência de mães e filhos no processo de adoção tardia, de modo a obter subsídios à atenção psicológica neste contexto. Trata-se de um estudo qualitativo, fenomenológico, com enfoque compreensivo. Os participantes da pesquisa foram duas mães e duas crianças que concretizaram uma adoção tardia há mais de dois anos. Os procedimentos de construção dos dados contemplaram entrevistas narrativas com as mães e encontros individuais com as crianças, nos quais foram utilizados recursos lúdicos como mediadores de expressão (desenhos livres, história infantil inconclusa e “Desenhos-Estórias com Tema” sobre adoção tardia). Os procedimentos foram audiogravados e transcritos. A análise dos dados foi feita a partir da hermenêutica heideggeriana. O processo de adoção tardia, perpassado por determinantes históricos, sociais e culturais e pela trama de significados que compõe a histórica singular de cada um dos envolvidos revelou-se, a partir das narrativas, complexo. A construção dos sentidos de parentalidade e de filiação vem se desenvolvendo, nas famílias do estudo, a partir da experiência do ser-com o outro, do cuidado e do habitar, em seus peculiares modos de expressão. A família de origem e a família adotiva se confundem e se diferenciam na experiência das crianças, principalmente pela existência de irmãos biológicos. Os dados apontam para a importância da atenção psicológica ao núcleo familiar em processos de adoção tardia. |