Estratégias de enfrentamento e qualidade de vida em pacientes transplantados renais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pinto, Karina Danielly Cavalcanti
Orientador(a): Maia, Eulalia Maria Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25090
Resumo: O transplante renal é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um rim saudável do doador no receptor. Esta terapêutica objetiva uma melhor qualidade de vida (QV), porém não representa a cura do doente renal terminal. Após a cirurgia, o receptor precisa se adequar ao uso de imunossupressores e as constantes avaliações do estado de saúde. Além disso, passa a conviver com a possibilidade de complicações clínicas e com o temor de rejeição do enxerto renal. As vivências citadas são potenciais disparadores de ansiedade e angústia, ordenando ao paciente adaptação diante das exigências do próprio tratamento. O manejo inadequado de estressores após transplante pode se tornar barreira na efetivação dos benefícios desta terapêutica. Há, neste sentido, necessidade de se identificar nos pacientes póstransplantados às estratégias de enfrentamento lançadas diante das adversidades do tratamento e a relação dessas com a QV. Objetivou-se deste modo, avaliar a qualidade de vida e as estratégias de enfrentamento em transplantados renais. Participaram do estudo, 150 transplantados que realizam acompanhamento ambulatorial no Hospital Universitário Onofre Lopes. Para avaliação dos pacientes utilizou-se os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, o instrumento WHOQOL-Bref e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas. A análise dos dados se fundamentou na estatística descritiva e inferencial. Os resultados apontaram adequados níveis de satisfação com a saúde, apresentando escore médio de 79,83 e de QV global com escore de 78,16. Com referência ao uso das estratégias de enfrentamento, identificou-se que o enfrentamento voltado à religiosidade/pensamentos fantasiosos apresentou a maior média (3,72), seguido pela estratégia de enfrentamento centrada no problema (3,70), esses modos de enfrentamento foram os mais utilizados pelos transplantados. Quanto às correlações entre os construtos investigados, identificou-se correlações positivas entre o uso da estratégia focalizada no problema e os domínios da QV e correlações negativas entre a estratégia focalizada na emoção e os domínios avaliados pelo Whoqol-Bref. A terapêutica da transplantação renal apresentou resultados positivos para o doente renal terminal. No quesito modos de enfrentamento, verificou-se que esses podem relaciona-se a comportamentos adaptativos ou desadaptativos frente ao transplante.