Tratamento de efluente do beneficiamento da castanha de caju utilizando eletrocoagulação e oxidação eletroquímica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Patrícia Rachel Fernandes da
Orientador(a): Huitle, Carlos Alberto Martinez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27065
Resumo: O crescimento industrial é uma das principais causas da poluição excessiva e liberação de resíduos químicos na água, atmosfera e solo. Os contaminantes liberados pela indústria, como por exemplo, o chumbo, cromo e os fenóis são considerados muito agressivos à natureza e ao homem, podendo provocar contaminação permanente e até mesmo a morte dos seres vivos. Os resíduos industriais destacam-se pela quantidade gerada onde grande parte é classificada como perigosa, ou seja, resíduos de classe I, possuem características como: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. A indústria de beneficiamento da castanha de caju (IBCC) gera um resíduo rico em compostos fenólicos provenientes do processo de obtenção da amêndoa da castanha de caju (ACC) e do líquido da casca da castanha de caju (LCC). O descarte ou reuso desses efluentes, sem tratamento adequado, pode causar sérios problemas ambientais e de saúde, pois em sua maioria, são tóxicos e refratários aos tratamentos comumente utilizados. Requerendo-se o uso de tecnologias de tratamento mais eficientes, como os processos eletroquímicos avançados, entre eles existe a eletrocoagulação e a oxidação eletroquímica. No processo de oxidação eletroquímica são produzidos •OH que é responsáveis pela degradação de compostos orgânicos recalcitrantes, além de ter como vantagem a não utilização de agentes químicos. A proposta desta tese foi dividida em dois artigos, onde no primeiro, um reator BDD-batch com recirculação é utilizado, pela primeira vez, no tratamento eletroquímico de um efluente real de castanha de caju. Estudaram-se os seguintes parâmetros: pH, condutividade, intensidade de corrente e adição de eletrólitos. Os resultados indicaram claramente que a adição de eletrólito externo e a mudança do pH inicial são dois fatores que não levam a uma melhora significativa na degradação da matéria orgânica. Por outro lado, um aumento na densidade de corrente promoveu uma remoção de DQO de até 89%, após 150 min de oxidação, devido ao aumento na geração de oxidantes fortes. A baixa produção de ácidos carboxílicos também foi detectada ao longo do tempo. Já o segundo artigo trata de um processo pioneiro sequencial envolvendo abordagens de eletrocoagulação (EC) e oxidação eletroquímica (EO). O desempenho do sistema foi analisado em termos de remoção de demanda química de oxigênio, evolução de subprodutos, toxicidade e consumo de energia. Experimentos sequenciais, usando EC com 8,33 ou 100 mA cm-2 mais EO, promoveram as remoções de DQO de 51% e 80% respectivamente. Foram realizadas análises de fitotoxicidade para avaliar a qualidade da água para reutilização nas atividades de irrigação. Com base nesses resultados, o experimento sequencial de CE (8,33 mA cm-2 ) mais EO (35,5 mA cm-2 ) foi considerado o mais eficiente e viável para purificar o efluente real do beneficiamento da castanha de caju.