Letras e cores de um ser inacabado: um olhar bakhtiniano sobre a escrita diarista de Frida Kahlo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mendonça, Diana de Oliveira
Orientador(a): Alves, Maria da Penha Casado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26969
Resumo: Ícone da pintura e da cultura mexicana, Frida Kahlo teve uma vida marcada pela tragédia e sofrimento. Conhecida artisticamente por seus autorretratos, manteve um diário no qual registrou pensamentos e experiências de seus dez últimos anos de vida. Nele encontram-se relatos pessoais, cartas, poesias, colagens, pinturas e desenhos, atravessados pelas cores vibrantes que caracterizam sua obra. Nesta pesquisa, nos propomos analisar, em uma perspectiva dialógica, a escrita diarista presente em seu diário, pensado como um enunciado concreto atrelado à vida social. Para nossa análise, tomamos por referencial teórico as postulações advindas do Círculo de Bakhtin no que concerne à valoração, relações dialógicas e linguagem. Para compreender sua relação dialógica-valorativa, e considerando a especificidade do gênero, buscamos apoiar-nos nos estudos dos enunciados verbo-visuais de Brait. Para tratar da escrita diarista, nos valemos das reflexões de Leujane e, no que concerne aos estudos culturais, nos trabalhos de Bauman, Canclini e Hall. A pesquisa insere-se dentro da perspectiva da Linguística Aplicada, área indisciplinar e mestiça, como aponta Moita Lopes, por se tratar de um campo teórico que considera a complexidade dos fatos relacionados à linguagem e às práticas discursivas. Metodologicamente, esta investigação desenvolve-se a partir de uma abordagem qualitativo-interpretativista, com enfoque sóciohistórico, e no método indiciário de Ginzburg. As análises apontam uma construção valorativa de si mesmo por meio da relação dialógica entre o verbal e o visual presente nos enunciados.