Maternidade compulsória: valoração e discurso intolerante em comentários no Facebook

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Ana Clara Molina dos
Orientador(a): Giacomelli, Karina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14403
Resumo: O presente trabalho tem como objeto de pesquisa o caso que envolveu uma atriz brasileira em 2022. A atriz, em questão, engravidou em decorrência de um estupro, porém descobriu a gravidez apenas no final dela, optando por ter o bebê e entregá-lo para adoção. Todavia, a privacidade da jovem foi exposta por uma profissional da saúde presente no parto que entregou as informações sobre o ocorrido à imprensa. Ao se tornar público, muitas pessoas começaram a emitir opiniões a respeito da atitude da atriz, condenando duramente sua conduta de não assumir o papel de mãe do bebê. Dessa maneira, nos sentimos instigadas a analisar comentários-enunciados presentes na publicação de uma revista na rede social Facebook que julgavam a atitude dela. Para isso, nos ancoramos nos pressupostos teóricos-metodológicos do Círculo de Bakhtin, com foco no conceito de valoração, além de utilizarmos a noção de discurso intolerante, elaborada por Diana Luz Pessoa de Barros. As análises foram realizadas seguindo os procedimentos analíticos propostos por Sobral (2006): descrição, análise e interpretação. Os resultados obtidos a partir das análises nos mostraram que eles mobilizam diferentes tópicos que revelam uma visão de mundo que crê que toda mulher, por ser mulher, deve ser mãe. Sendo assim, as que não seguem esse caminho merecem que discursos intolerantes sejam proferidos a elas.