Coloração de flores na visão de polinizadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Erickson, Marília Fernandes
Orientador(a): Pessoa, Daniel Marques de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27657
Resumo: A coloração das flores é tão intrigante quanto os fatores ecológicos e ambientas por trás delas. Desde os primórdios dos estudos de biologia floral, o porquê da coloração das flores vem sendo questionado. Muitos autores têm atribuído a coloração floral à seleção sexual e pressão exercida por polinizadores. Isso pode ser bem exemplificado pela ideia de síndromes de polinização; espécies de flores com certas características semelhantes, como a cor, são visitadas por grupos similares de polinizadores. Porém, colorações diversas raramente são explicadas por um único fator. Nesse estudo, procuramos entender quais são os fatores ambientais, ecológicos e fisiológicos responsáveis pela coloração das flores, com ênfase em testar se espécies previstas por síndromes de polinização realmente são conspícuas para seus polinizadores. Utilizamos como modelo Apis mellifera (abelha), Drosophila melanogaster (mosca), Heliconius erato (borboleta) e Sephanoides sephanoides (beija-flor) para entender como polinizadores diferentes enxergam flores. As flores foram mais conspícuas para polinizadores tetracromatas (mosca, borboleta fêmea, e beija-flor) e menos conspícuas para polinizadores tricromatas (borboleta macho, abelha). Dessa maneira, flores não foram mais conspícuas para seus polinizadores, e cores atribuídas as síndromes de polinização não possuem bases empíricas. Provavelmente diferentes fatores interagem para moldar a coloração das flores ao longo do tempo e síndromes de polinização são apenas um recorte de uma figura mais complexa.