Consequências da partilha de polinizadores usando duas espécies de Cnidoscolus (Euphorbiaceae) como modelo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA NETO, Edito Romão da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54659
Resumo: Angiospermas com atributos florais semelhantes frequentemente atraem os mesmos grupos de polinizadores e, em espécies sincronopátricas, a partilha de polinizadores pode resultar em competição, facilitação ou ter efeitos neutros. Analisamos, portanto, os efeitos da partilha de polinizadores entre duas espécies de Euphorbiaceae (Cnidoscolus infestus e C. urens) com populações em isolamento e coocorrência na Serra do Jatobá, um afloramento rochoso na Caatinga localizado no município de Serra Branca-PB. Utilizamos a floração, os atributos morfométricos, os visitantes florais e o sucesso reprodutivo das diferentes espécies em manchas de isolamento e coocorrência para determinar as consequências da partilha. A floração das duas espécies possui alta sobreposição, porém difere quanto à duração do período de pico. Verificamos diferenças significativas nos atributos florais, como tamanho das flores e da antera entre as espécies. Nas flores pistiladas, a abertura, o comprimento do tubo e do pistilo diferiram entre as espécies e entre as manchas. A produção de frutos variou significativamente entre as manchas. O visitante floral e polinizador mais frequente em ambas as espécies foi o beija-flor Chlorostilbon lucidus. O número de flores visitadas foi estatisticamente diferente entre as manchas, com as populações em coocorrência recebendo menor quantidade de visitas. Concluímos que não ocorre facilitação entre as espécies. A competição é enfraquecida em função das diferenças de estratégia de floração e atributos morfométricos, permitindo, dessa maneira, a coexistência entre as populações.