Reconstrução histórica e convergências entre atores ativos em ambientes recifais brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Amador, Maria Iohara Quirino
Orientador(a): Lopes, Priscila Fabiana Macedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33027
Resumo: Recifes são ecossistemas sensíveis que vem passando por mudanças aceleradas, causadas tanto por mudanças globais quanto por impactos locais. Entender onde, quando e grão grande foram estas mudanças é chave para futuros esforços de mitigação, conservação e restauração. Isto implica em grandes esforços de pesquisa, o que pode ser facilitado se agregarmos fontes diversas de informação, como o conhecimento retido por diferentes usuários recifais. Avaliamos as mudanças na paisagem dos recifes brasileiros em duas grandes regiões (tropical e subtropical) entrevistando pescadores, mergulhadores e pesquisadores. Para 57% dos atores, a saúde dos ambientes recifais brasileiros declinou desde a década de 1970, evidenciado pelo declínio de peixes herbívoros do grupo Labridae: Scarinae (budiões) e de construtores de recifes (corais massivos). Por outro lado, estes atores detectam aumento de algas e de peixes de pequeno porte da família Pomacentridae (peixes donzela), além de apontarem recuperação de populações de tartarugas marinhas. Acessar a memória de usuários de recifes permite datar o início de processos de mudanças, identificar regionalidades e especificidades nos mesmos, além de identificar grupos de organismos mais vulneráveis às mudanças. Estas informações são importantes para um melhor direcionamento dos esforços de proteção e conservação, principalmente em países em desenvolvimento, onde a pesquisa marinha é relativamente nova, insuficiente ou pouco aplicada na conservação.