Perfil autonômico, variáveis antropométricas e respostas psicofisiológicas agudas ao exercício aeróbico em intensidade autosselecionada em mulheres obesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, Fabiano Henrique Rodrigues
Orientador(a): Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27542
Resumo: A prevalência de obesidade aumentou em todo o mundo nas primeiras décadas do século XXI. A carga de doenças relacionadas à obesidade apresenta um desvio entre sexos, uma vez que a obesidade e seu grau de severidade são maiores em mulheres do que em homens considerando todas as faixas etárias. Desequilíbrios na modulação autonômica e inflamação sistêmica crônica associadas à obesidade estão na base da morbimortalidade cardiovascular. A atividade física regular representa um dos pilares do tratamento comportamental da obesidade. Entretanto, indivíduos com sobrepeso e obesos tendem a evitar atividade física, não atendendo aos regimes impostos, com taxas de desistência que variam de 71% a quase 100%. A atividade física realizada na intensidade autosselecionada poderia representar uma alternativa válida aos regimes impostos para melhorar a adesão. O objetivo dessa pesquisa foi identificar as associações entre variáveis antropométricas e a presença de desequilíbrio autonômico no controle cardíaco e identificar se mulheres obesas atingem recomendações internacionais de atividade física quando se exercitam em intensidade autosselecionada. Inicialmente, o estudo realizou uma pesquisa descritiva de corte transversal para investigar até que ponto a obesidade poderia identificar a disfunção autonômica do controle cardíaco com 65 mulheres sedentárias (entre 18 e 45 anos), categorizadas como eutróficas, com sobrepeso ou obesas. Esse estudo observacional gerou um artigo onde foi demostrado que o índice de massa corporal está associado à variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e ao desequilíbrio autonômico do controle cardíaco. Em seguida, foi realizado um ensaio clínico randomizado cego com mulheres obesas para avaliar os efeitos agudos do exercício aeróbio com intensidade autosselecionada em marcadores psicofisiológicos, estresse, inflamação, lesão muscular e dor em um desenho paralelo. Dois artigos foram produzidos a partir dessa pesquisa. Os resultados evidenciaram que mulheres jovens inativas e sadias com obesidade (n = 46; entre 18 a 45 anos) exercitaram-se durante 60 min em esteira em velocidade imposta ou autosselecionada que poderia ser trocada a cada 5 minutos e atingem intensidade moderada a vigorosa ao se exercitarem em ritmo autosselecionado, referindo a sensação de prazer durante toda a sessão. Há diminuição do estresse e um pico de dano associado à dor muscular 24h após a intervenção. Concluiu-se que o índice de massa corporal identifica e presença de desequilíbrio autonômico no controle cardíaco e que mulheres obesas atingem as recomendações internacionais de atividade física quando se exercitam em intensidade autosselecionada.