Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Elizabete Rodrigues Gurgel dos |
Orientador(a): |
Locatel, Celso Donizete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47010
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Resumo: |
A urbanização é um processo antigo da humanidade e umas das temáticas mais discutidas na Geografia. No entanto, ainda são frequentes os trabalhos que tem discutido a urbanização enquanto um processo formador de cidades e o rural e o urbano como excludentes, reproduzindo assim algumas dicotomias que inviabilizam à compreensão do espaço enquanto totalidade. Essa concepção dicotômica rural-urbana gera rebatimentos territoriais quando se consideram as concepções teórico-metodológicas adotadas por instituições e firmas que trabalham com planejamento. Parte-se do pressuposto de que a urbanização de uma determinada parcela do território está diretamente relacionado aos usos e às técnicas que nele existem e, nesse sentido, ao analisar empiricamente a realidade do Rio Grande do Norte percebe-se uma rarefação da urbanização em muitas áreas. Além disso, é notório um processo de capilarização do conteúdo urbano pelo território, tanto no campo quanto na cidade, mas em diferentes níveis. O poder público municipal tem atribuído aos municípios do Rio Grande do Norte um nível de urbanização maior do que eles apresentam de fato e em alguns casos ignorado a coexistência do conteúdo rural. A aceitação de um nível de urbanização maior do que o estado apresenta de fato, tem servido de estratégia para o aumento da lucratividade do setor imobiliário. E, tem provocado o encarecimento do solo em diferentes áreas, a exclusão de trabalhadores rurais de políticas econômicas e sociais e a inserção precária no território de parte considerável da população norteriograndense. Nessa perspectiva, o objetivo geral dessa pesquisa consiste em analisar os diferentes níveis técnicos da urbanização do território no Rio Grande do Norte, considerando a complementaridade rural-urbano, e os rebatimentos territoriais de se considerar diferentes áreas do mesmo com uma densidade de urbanização maior do que elas apresentam de fato. Para isso, criou-se um índice de urbanização com base nos elementos indicativos da urbanização para aferir seus diferentes níveis técnicos. Também foi realizada pesquisa de campo e documental, análise de dados primários e secundários e análise descritiva espacial com classificação de imagens de satélite, a fim de identificar a evolução da urbanização no Rio Grande do Norte ao longo de três períodos préselecionados, bem como as diferenças intramunicipais. Com isso, pode-se constatar que, apesar do conteúdo urbano ter se capilarizado pelo território norteriograndense, sobretudo a partir da emergência do meio técnico científico informacional, que vem se efetivar no Estado, de fato, a partir da década de 1990, grande parte dos municípios do Rio Grande do Norte ainda apresentam baixa densidade técnica, e portanto, uma rarefação do conteúdo urbano. Tal fato revela que apenas classificar as parcela do território em rural e urbano não são suficientes para fins de planejamento e gestão do território, é preciso avaliar a densidade dessa urbanização para se pensar em políticas sociais e territoriais que contribuam para promoção da justiça social, do desenvolvimento e para amenização do grande abismo resultante da acentuada desigualdade social historicamente reproduzida e negligenciada pelas políticas públicas implantadas no estado. |