Trajetórias militantes na relação com o MST

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silvino, Iara Cintia Oliveira
Orientador(a): Schwade, Elisete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
MST
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25315
Resumo: Este trabalho aborda a trajetória de sujeitos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ao construírem sua militância sentiram a necessidade constante de lutar por uma sociedade menos desigual. O MST é um movimento social conhecido no âmbito nacional e internacional e postula como objetivo principal a realização da reforma agrária no país, com uma característica bastante peculiar: ocupar terras improdutivas, segundo a definição da Constituição Federal. Contudo, a ocupação não se restringe somente ao latifúndio. São ocupadas instituições públicas com forma de pressionar o Estado para a realização da reforma agrária, como também de políticas públicas para os assentamentos, a desapropriação de terras, dentre outras bandeiras. Seus integrantes são, na maioria das vezes, oriundos do meio rural, outros apoiadores das causas do MST. Alguns membros decidem pela militância, que é uma condição de diversos significados, já que existe o sujeito que se considera militante e o sujeito que é visto como tal para o MST. O militante do Movimento é inicialmente inserido num processo de formação, adaptado às demandas e características do MST e sua formação constitui-se como um processo contínuo, que habilita o militante a intervir na realidade para transformá-la. O engajamento se dá de muitas maneiras: pela ocupação e/ou aquisição de um lote, pelo acesso a Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou ainda pela educação superior proporcionada pelo programa do governo federal, dentre outras formas de ingresso. Busco compreender trajetórias de vida a partir da vivência militante que inicia antes da inserção no MST e continua por toda a vida, ocorrendo, em alguns casos, ruptura organizacional, mas não o desengajamento político. A metodologia utilizada foi a observação participante com o intuito de construir uma relação de proximidade com o interlocutor e as interlocutoras. Fiz também uso de entrevistas para ouvir os relatos a respeito de suas trajetórias antes da inserção. Para referenciar esta pesquisa fiz o uso de teóricos que discutem tanto a temática como se aproximam. As trajetórias aqui apresentadas são permeadas de ideais, de sonhos, de projetos de vida, de pertencimentos. São histórias, enfim, que se inscrevem numa esfera coletiva da luta pela terra, carregadas de subjetividade.