Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Luna, Débora Youchoubel Pereira de Araújo |
Orientador(a): |
Lima, Verônica Maria Fernandes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46469
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Resumo: |
Este estudo demonstra um processo urbano que, ainda que de modo diferenciado, sempre existiu nas cidades, porém, atualmente, tem-se apresentado de forma expressiva nos lugares que sofrem com os problemas da violência urbana. Segundo dados da violência, Natal/RN está inserida nesse grupo de cidades em que a criminalidade e a violência aumentam aliados ao crescimento urbano e a falta de políticas públicas eficazes na área da segurança. Nesse processo, o medo e a sensação de insegurança vêm se materializando na arquitetura atual, passando a ser denominada, dentre outros conceitos, como Arquitetura da Violência, um novo padrão funcional e formal que tem “redesenhado” a forma arquitetônica da cidade. O intuito deste trabalho é demostrar como a arquitetura residencial, tendo como base de análise as frontarias dos lotes residenciais no bairro de Neópolis, foi se constituindo ao longo do tempo, numa tipologia arquitetônica da violência. A escolha do bairro foi realizada em função do crescimento dos índices de criminalidade ligados, especificamente, à categoria Crimes Violentos contra o Patrimônio - CVPAT, ao longo de 10 anos. Dessa forma, para cada frontaria do lote foi preenchido uma ficha sobre as alterações arquitetônicas e as medidas de segurança inseridas (artifícios e aparatos de proteção, tipologia mural e permeabilidade visual), o que permitiu quantificar e qualificar tais dados a partir de um estudo diacrônico entre o ano de 2011 e 2020. O que podemos inferir é que a capital potiguar também está sendo modificada dentro da perspectiva da arquitetura da violência e, consequentemente, a arquitetura residencial, que prioriza a autoproteção em relação aos perigos dos crimes violentos pelas ruas em detrimento do conceito de moradia e sua relação com a cidade produz, assim, um padrão funcional e formal que está de fato crescendo não só em Natal, mas em grande parte das cidades brasileiras que sofrem com a questão da crescente insegurança urbana. A consequência imediata disso é uma população que tem se isolado e que, cada vez mais, produz e reforça um medo “comum” em que a arquitetura se volta, exclusivamente, para trás dos muros repletos de estratégias defensivas, mas que, na prática, tornam um autoconfinamento e aprisionamento dos moradores. |