Qualidade de vida de pessoas com estomias intestinais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Andrade, Rosane Sousa de
Orientador(a): Costa, Isabelle Katherinne Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20809
Resumo: Estomia é uma abertura de origem cirúrgica, quando há necessidade de desviar, temporária ou permanentemente, o trânsito normal da alimentação e/ou eliminações. O paciente com estomia de eliminação se vê diante de modificações em sua fisiologia, surgindo também à necessidade de cuidados com a bolsa coletora. Neste estudo, objetivou-se analisar a Qualidade de Vida (QV) de pessoas vivendo com Estomias Intestinais (EI), atendidos no Centro de Reabilitação Infantil e Adulto do Rio Grande do Norte (CRI/CRA-RN). Trata-se de um estudo analítico, com delineamento transversal e abordagem quantitativa, realizado com 89 pessoas que apresentaram EI. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN), CAAE: 19866413.3.0000.5537. Realizou-se a coleta de dados no período de janeiro a março de 2015 e se utilizou dois instrumentos: um questionário geral adaptado abrangendo aspectos sociodemográficos, clínicos e de autocuidado e um instrumento específico de avaliação de QV de pessoas com estoma intitulado como City of Hope Quality of Life - Ostomy Questionnaire (COH-QOL-OQ), validado e adaptado para o português em 2010, composto de quatro domínios, a saber: Bem Estar Físico (BEF), Bem Estar Psicológico (BEP), Bem Estar Social (BES) e Bem Estar Espiritual (BEE). Os dados coletados foram inseridos num banco de dados na planilha do aplicativo Microsoft Excel 2007 e processados em software informatizado para as análises descritivas e inferenciais. Os resultados mostraram que 83,1% possuíam colostomia e 16,9% ileostomia. Na caracterização sociodemográfica predominaram pessoas do sexo masculino (57,3%), acima de 50 anos (57,3%), de cor parda (46,1%), com presença de companheiro/a (57,3%), aposentados/beneficiários (50,5%), renda mensal acima de um salário mínimo (68,5%) e que estudaram até o ensino fundamental (67,4%). Quanto aos aspectos clínicos, observou-se que a maior causa que culminou com a confecção do estoma foi à neoplasia (59,6%) seguida de trauma (21,3%). A amostra apresentou pessoas com estoma há mais de 6 meses (79,8%), de caráter definitivo (57,3%), em uso de equipamento peça única drenável (68,5%) de base plana (82,0%). Com relação ao autocuidado, 93,3% esvaziavam e lavavam a bolsa sozinhos (cuidados relacionados à higiene), mas apenas 75,3% fixava a nova bolsa na pele, durante a troca (cuidados relacionados à bolsa). A média dos escores de QV dos pesquisados foi de 296,2 (68,90%) para QV Geral; 74,8 (68,03%) para o BEF; 88,8 (68,38%) para o BEP; 79,7 (66,46%) para o BES e 52,7 (75,41%) para o BEE. Diante dos resultados obtidos, conclui-se que se tratou de uma amostra predominantemente adulta/idosa (entre 50 e 70 anos), com baixa escolaridade e como causa motivadora do estoma, as neoplasias. Entretanto, tais achados não repercutiram em baixos índices percentuais acerca da capacidade de realização de autocuidado nem em baixos escores de QV.