"Sem burocracias, sem ideologias": a desintegração regional na América do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ramos, Fabielly Bellagamba
Orientador(a): Lindozo, José Antônio Spineli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50094
Resumo: Os governos progressistas ou a “onda rosa” na América do Sul nos anos 2000 ressignificarama integração regional, criando e modificando suas iniciativas, vendo-a como uminstrumentode enfrentamento conjunto dos problemas regionais e adicionando-a emseus programasdegoverno. Em 2003, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi relançado, variandosuaagenda com a inclusão de temas sociais, culturais, educacionais, entre outros. No anoseguinte,em 2004, foi criada a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), em2008,a União de Nações Sul-americanas (UNASUL) e, em 2012, a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC). Entretanto, a partir de 2012, a direita ultraliberal, atravésde golpes de Estado e processos eleitorais, regressou ao poder emalguns paísessul-americanos, como na Argentina, no Brasil, no Chile, no Equador, no Paraguai e noUruguai.Considerando que a integração regional e os governos são fenômenos estritamente conectados,questiona-se: como os governos ultraliberais influenciam a integração regional sul-americana?A hipótese central é que os governos ultraliberais estão provocando uma desintegraçãoregional na América do Sul, de modo a dissolver, a flexibilizar e a tornar estritamentecomercial as iniciativas de integração regional sul-americanas MERCOSULe UNASUL.Objetiva-se analisar a influência dos governos ultraliberais na integração regional sul-americana. O método de pesquisa, quanto à abordagem, é hipotético-dedutivo, e as pesquisasrealizadas são a bibliográfica e a documental. A técnica de pesquisa bibliográfica compreendeo arcabouço teórico a respeito do regionalismo sul-americano, e suas iniciativas, edoultraliberalismo, através de livros, artigos, dissertações, teses, entre outras. Atécnicadocumental recupera a amostra de noventa e quatro fontes que compreendemnotíciasdeperiódicos eletrônicos nacionais e internacionais e comunicados oficiais dos ministériosderelações exteriores dos países. Da amostra de noventa e quatro fontes documentais, cinquentae três referem-se à UNASUL e quarenta e uma ao MERCOSUL. Concluiu-se que os governosultraliberais promoveram uma desintegração regional na América do Sul, transformandooMERCOSUL em uma iniciativa estritamente comercial, e tentaram terminar coma UNASUL,através da criação do Fórum para o Progresso da América do Sul (PROSUL).