O Mercosul e o regionalismo multifacetado na América do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barbosa, Regina Kfuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12445
Resumo: A partir dos anos 2000, podemos apontar a existência de um novo paradigma para o regionalismo na América do Sul. Surgem na região iniciativas como a Alba e a Unasul, que buscam repensar a cooperação regional em novas bases, nas quais a agenda comercial perde força diante de temas sociais, de integração produtiva e de temas de infraestrutura. Nesse contexto, o Mercosul também se reinventa. Ainda que siga sendo um acordo que visa, em última instância, à formação de um mercado comum entre seus membros, o arranjo incorpora novas dimensões a sua agenda e dá novos significados a temas que antes eram vistos exclusivamente sob a ótica comercial e de formação do mercado comum. Esta pesquisa analisa o Mercosul do século XXI sob a perspectiva do regionalismo multifacetado, que amplia as agendas dos processos de cooperação regional. A hipótese principal aqui investigada é que houve uma mudança no perfil do Mercosul, de um bloco essencialmente comercialista para um arranjo mais abrangente. Identifica-se que o bloco passou por uma expansão temática e institucional, que trouxe novas agendas e novas instituições para o processo regional. Dentro da ideia desse regionalismo multifacetado, investiga-se também a hipótese de que a criação de instituições para tratar de temas não econômicos e da participação da sociedade civil possa levar ao aumento dos vínculos entre os parceiros regionais e à pressão por mais cooperação. Portanto, esse regionalismo seria multifacetado também na possibilidade de combinar dois modelos: o modelo intergovernamental de tomada de decisão com a ideia funcional de spillover, ou o transbordamento da cooperação para outras dimensões.