Tecnologias assistivas sobre infecções sexualmente transmissíveis para pessoas cegas: validação de conteúdo e semântica à luz de David Ausubel.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Jales, Andressa Kaline Ferreira Araújo
Orientador(a): Silva, Richardson Augusto Rosendo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30761
Resumo: Objetivou-se investigar evidências de validação de conteúdo e validação semântica de cartilha virtual e mídia sonora para pessoas cegas sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST), síndrome da imunodeficiência adquirida e hepatites virais. Estudo de desenvolvimento metodológico, realizado com peritos em educação especial e saúde sexual e reprodutiva e com pessoa cegas matriculadas no Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CADV), localizado em Mossoró/RN e no Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte (IERC/RN), localizado em Natal, no período de maio de 2018 a julho de 2020. A pesquisa foi desenvolvida em quatro etapas: (1) construção do conteúdo sobre prevenção de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais mediante realização de revisão de literatura sobre prevenção de IST/Aids e as pessoas cegas realizada em cinco bases de dados (Biblioteca Virtual em Saúde, Cochrane, PubMed, Scopus e Web of Science) e da verificação de adequação de conhecimento das pessoas cegas sobre prevenção e transmissão de IST/Aids realizada com pessoas cegas matriculadas no CADV conforme critérios de elegibilidade definidos; (2) construção da cartilha virtual considerando as cinco fases propostas por Falkembach (2005) - análise e planejamento, modelagem, implementação e avaliação e manutenção e distribuição; e, do podcast considerando as etapas propostas por Silva (2019) - definição da temática, escolha dos participantes, definição dos equipamentos necessários, elaboração da pauta, gravação do episódio, edição do podcast e publicação do episódio); (3) validação de conteúdo das tecnologias assistivas desenvolvidas realizada por meio de avaliação pelos juízes das áreas de educação especial e saúde sexual e reprodutiva elegidos mediante busca na plataforma lattes e conforme os critérios estabelecidos por Joventino; e, (4) validação semântica do podcast realizada por pessoas cegas matriculadas no IERC/RN e que atendessem aos critérios de inclusão da pesquisa. As etapas de validação de conteúdo e semântica foram guiadas por Pasquali e todo a pesquisa foi desenvolvida à luz da Teoria da Aprendizagem Significativa proposta por David Ausubel. Os dados coletados foram compilados e analisados em uma planilha de dados eletrônica e, para responder aos objetivos da pesquisa, foram calculadas frequências absolutas e relativas da adequação de conhecimento sobre prevenção e transmissão de IST/Aids e dos instrumentos de verificação de validação de conteúdo e validação semântica. Foi calculado ainda o Índice de Validade de Conteúdo a fim de analisar o índice de concordância entre os juízes em relação aos itens analisados, tendo sido considerado validados os itens que obtiveram concordância maior ou igual a 70%. Foram seguidas as recomendações éticas para pesquisas envolvendo seres humanos de acordo com a Resolução nº 466/2012, tendo sido submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, CAAE Nº 91753918.4.0000.5537. Identificou-se inadequação de conhecimento de todos os participantes sobre formas de transmissão de algumas IST/Aids e domínio adequado da maioria dos participantes sobre métodos de prevenção e controle do HIV. Percebeu-se que os manuscritos focalizavam a sexualidade e práticas sexuais das pessoas com deficiência visual como fatores de risco para desenvolvimento de IST/Aids e o desenvolvimento, validação e testagem de tecnologias como instrumentos de acesso das pessoas com deficiência visual a informações sobre IST/Aids. A cartilha virtual foi construída seguindo as recomendações internacionais de acessibilidade definidas pelo W3C e o podcast foi gravado em um estúdio de emissora de rádio, considerando a pautatranscrita elaborada pela pesquisadora. A validação de conteúdo foi realizada por 29 juízes em educação especial e 28 juízes em saúde sexual e reprodutiva, em duas rodadas, e todos os itens da cartilha virtual e do podcast tiveram seu conteúdo validado por esses especialistas. Os itens da mídia sonora produzida foram considerados inteligíveis a todos os estratos da população-meta, conferindo a validação de aparência do podcast. Concluiuse que a cartilha virtual e o podcast desenvolvidos e validados nesta pesquisa representam instrumentos de educação em saúde sobre IST/HIV/Aids e Hepatites Virais para as pessoas cegas.