Os usos do território e a economia solidária no Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lima, Leandro de Castro
Orientador(a): Locatel, Celso Donizete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20785
Resumo: A Economia Solidária como organização da produção, alternativa à dinâmica da economia capitalista, vem promovendo novas formas de organização e de relações sociais que, sob a luz da Geografia, se realiza pelos diferentes usos do território. O território assume novos significados que, influenciado pelo movimento da Economia Solidária, busca racionalidades alternativas a ordem social estabelecida. Entretanto, esses diferentes usos se revelam de forma complexa e contraditória, uma vez que nos empreendimentos solidários diferentes agentes coorporativos passa a atuar, tendo o Estado como intermediário em última instância desse processo. Diante dessa realidade, objetivamos no presente estudo analisar os diferentes usos do território a partir dos empreendimentos econômicos solidários rurais e as relações que estes estabelecem com os diferentes agentes envolvidos na dinâmica sócio-territorial do Rio Grande do Norte. A partir de um estudo crítico que contemple as formas e conteúdos da organização territorial do fenômeno analisado, a metodologia adotada para a realização deste trabalho pautou-se num estudo bibliográfico, tanto de autores da Geografia como de temáticas afins ao estudo da Economia Solidária, além do uso de dados secundários, obtidos juntos aos órgãos oficiais, como o SIES e o IBGE, da pesquisa documental, realizada junto a SENAES, e de campo, com entrevistas efetivadas junto aos empreendimentos solidários do RN, no intuito de fundamentar nossas análises. Os resultados obtidos no estudo demonstram a complexidade nos usos agrícolas do território pela Economia Solidária no RN, intensificando o uso enquanto recurso, a partir da atuação do Estado e dos grandes agentes econômicos, e regulando o uso enquanto abrigo, que marginalizam trabalhadores solidários, tornando-os sujeitados a uma lógica hegemônica. Dessa forma, concluímos que a Economia Solidária, apesar de configurar como uma nova forma de organização entre os agricultores, dada a expressividades que os empreendimentos solidários rurais apresentam no RN, esta não vem possibilitando um desenvolvimento social pleno, enquanto um instrumento de reprodução e emancipação dos associados. Todavia, os empreendimentos articulados em redes se sobressaem, embora de forma pontual. Tais contradições evidencia que é necessário fortalecer uma construção horizontal e de base popular para Economia Solidária, a fim de superar a ação reguladora do Estado capitalista.