Imunoexpressão de CLIC4 e α-SMA em carcinoma de células escamosas oral e carcinoma verrucoso oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Xerez, Mariana Carvalho
Orientador(a): Costa, Antonio de Lisboa Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25327
Resumo: Dentre as neoplasias malignas que acometem a cavidade oral destacam-se o carcinoma de células escamosas oral (CCEO), por ser o mais frequente e apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade, e o carcinoma verrucoso oral (CVO) que exibe um comportamento distinto, tratando-se de uma variante de baixo grau do carcinoma de células escamosas oral. O desenvolvimento e a progressão destas neoplasias malignas estão relacionados ao desequilíbrio na regulação da divisão e morte celular, associado ao microambiente tumoral. A proteína CLIC4 está relacionada à regulação do ciclo celular, sendo supraregulada em resposta a apoptose e também participando do processo de transdiferenciação dos fibroblastos em fibroblastos associados ao câncer (FAC), que passam a expressar α-SMA. Os FACs são os principais componentes celulares do microambiente tumoral, tendo sido relacionados com a agressividade e o prognóstico de diversos tumores. O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente a imunoexpressão das proteínas CLIC4 e α-SMA em carcinomas orais. A amostra consistiu em 20 casos de CCEO, 15 casos de CVO e 5 casos de MO. A partir dos prontuários, foram coletados dados clínicos referentes à idade, gênero e localização da lesão. Foi realizada uma análise morfológica em HE e semiquantitativa da expressão imuno-histoquímica das proteínas CLIC4 e α-SMA em amostras de material parafinado das lesões. Para verificar associações foram utilizados os testes do Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, assumindo uma significância de 5%. Para buscar correlação foi utilizado o teste de Spearman. Resultados: Dentre os CCEO a maioria ocorreu em pacientes do sexo masculino (n=11/55,0%), com idade media de 66,95 anos e a localização anatômica mais acometida foi língua (n=9/45,0%). Para o CVO o sexo com maior frequência foi o feminino (n=9/60,0%), a idade media foi de 61,71 anos, e a localização mais acometida foi o rebordo alveolar (n=4/26,7%) e a mucosa labial (n=4/26,7%). Para a análise da expressão de CLIC4 foi considerada sua localização celular. Comparando as lesões para a marcação de CLIC4 no núcleo, citoplasma e núcleo/citoplasma das células epiteliais tumorais não foi observada diferença significativa. Quando comparada a expressão de CLIC4 no estroma dos CCEO e CVO foi observada diferença significativa (p<0,0001). A análise da imunomarcação de α-SMA nas células mesenquimais dos CCEO e CVO revelou um aumento da expressão desta proteína no estroma tumoral de ambos os tumores, não sendo observada diferença significativa entre as lesões. Quando comparada a imuno-expressão de αSMA e CLIC4 no estroma dos CCEO e CVO foi observada correlação positiva, mas não significativa no CCEO (r: 0,350 e p: 0,130). Já no CVO foi observada uma correlação positiva e significativa entre as proteínas CLIC4 e α-SMA (r: 0,612 e p: 0,015). Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que a diminuição ou ausência da marcação nuclear da proteína CLIC4, associada ao aumento de expressão desta proteína no estroma tumoral parece contribuir para o processo de carcinogênese e progressão do CCEO e CVO e pode ter influência na expressão de α-SMA.