Variabilidade do conteúdo de ozônio da rede Shadoz em duas estações tropicais: Natal e Paramaribo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Marinete da Silva
Orientador(a): Mendes, David
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47608
Resumo: O ozônio (O3) é um gás natural que filtra a radiação ultravioleta do Sol e assim reduz os efeitos nocivos da radiação ultravioleta do tipo B (UV-B) que chegam na Terra, age como um escudo protetor e por isso a importância de estudar o O3 estratosférico. O estudo tem como objetivo identificar os modos de variabilidade sazonal e interanual do O3 em Natal e Paramaribo, usando dados de perfil vertical do O3 em razão de mistura da estação da rede SHADOZ e dados observados do ERA5 para 21 anos de dados (1998-2018) para a altura de 29 km. Com as equações da série temporal, média é desvio padrão foi possível calcular os valores mensais e climatologia da série estudada. Para realizar as comparações das séries de dados, utilizou-se a correlação e os índices MBE (Mean Bias Error), MABE (Mean Absolute Bias Error) e o RMSE (Root Mean Squared Error), que correspondem ao erro médio entre os dados. A linha de regressão foi utilizada para mostrar as tendências dos dados de O3 das cidades e a transformada de ondeletas de Morlet foi utilizada para determinar os modos de variabilidade interanual do perfil vertical do ozônio. Os maiores valores de conteúdo de O3 estão na faixa de 27 a 30 km e as climatologias para essas mesmas alturas (0 a 30km) mostram que os maiores valores de conteúdo de O3 ocorrem em fevereiro e abril e as menores em maio e junho, tendo um desvio padrão alto. As anomalias para as duas regiões, mostraram uma oscilação que acontece a cada dois anos que são influenciadas pela oscilação quase bienal. Foram encontrados vários máximos de O3 no diagrama de Hovmöller para o ERA 5 em 29 km, com maiores picos em 1995 e 2000, 2014/2015, com maiores valores de variabilidade sazonal em agosto, setembro e outubro. As tendências de O3 se mantiveram na série estudada para o ERA (1998-2018, 1979-2018) e SHADOZ (1998-2018) e tiveram baixa variabilidade. Para Natal, as diferenças relativas mostraram que o SHADOZ em relação ao ERA 5, teve um R 2 aproximado em (0,80), com um RMSE de 6%, subestimação do ERA 5 em relação ao SHADOZ (1,69% ± 13,7%) e MABE com valores de 7,42% ± 13,7%. Paramaribo, as diferenças relativas mostraram que os dados do SHADOZ em relação ao ERA um R2 de (0,90), com um RMSE de 8,4%, subestimação do ERA 5 em relação ao SHADOZ (1,05% ± 45,6%) e MABE com valores de 11,2% ± 45,6%. A climatologia do ERA (1998-2018, 1979-2018) e SHADOZ (1998-2018) mostraram que as séries tiveram seus máximos entre fevereiro e março e setembro e outubro e os mínimos entre maio e julho, com um ciclo semianual definido. Como resultado das ondeletas e comparação das anomalias de O3 com os índices climáticos para o SHADOZ e ERA 5 em 29km mostraram que a QBO tem maior influência no O3 em Natal, os outros índices precisariam de uma série maior para ver a influência.