Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Edson da Silva |
Orientador(a): |
Medeiros, Paulo José de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28571
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Resumo: |
Introdução: as diretrizes curriculares nacionais brasileiras para os cursos de graduação em Medicina estimulam o ensino pautado em competências, o que representa um desafio na área da cirurgia, em que predominam as abordagens tradicionais em formato de aula (aprendizagem passiva). No âmbito do ensino da atenção primária à saúde, há necessidade de aquisição de competências em pequenos procedimentos ambulatoriais, que não estavam contemplados nos currículos das disciplinas e internato em medicina da família e comunidade da instituição proponente. Objetivos: sistematizar o ensino da cirurgia ambulatorial no Internato de Medicina de Família e Comunidade (IMFC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e comparar o desempenho discente utilizando esse novo modelo educacional com o modelo tradicional de ensino. Métodos: o estudo é caracterizado como quase-experimental, exploratório e analítico. Envolveu alunos egressos do nono período do curso de Medicina do quinto ano da UFRN, nos semestres 2018.1 (grupo controle) e 2018.2 (grupo intervenção), e contou com equipe colaboradora de alunos e residentes como monitores/atores, além do grupo de avaliadores formados por preceptores e professores do curso de Medicina e do IMFC. O percurso metodológico envolveu várias etapas como estruturação dos campos de prática; treinamento dos preceptores; elaboração de videoaulas; disponibilização de modelos de bancada padronizados em silicone para o ensino; aula teórico-prática; estimulação à realização de procedimentos nos campos de prática; e elaboração de estações simuladas de avaliação. Instrumentos baseados na Avaliação Objetiva Estruturada de Habilidade Técnica (OSATS) foram utilizados para avaliação do desempenho dos alunos nas estações. A avaliação foi aplicada inicialmente ao grupo controle e posteriormente ao grupo intervenção. Para análise estatística dos dados, foram escolhidos o teste T de student, para as variáveis contínuas, e o teste Qui Quadrado de Pearson, para as variáveis categóricas. Considerou-se o nível de significância de p <0,05. Resultados: o grupo controle teve participação de 100% dos alunos no OSATS e o grupo intervenção, de 68,6% (35 dos 51 alunos). A média de idade foi semelhante (24,5 vs 25,3 anos, p=0,497), com predomínio do sexo masculino em ambos os grupos (59,5% vs 60%, p=0,996). O escore geral de desempenho do grupo intervenção foi superior ao grupo controle (5,44 (DP ±1,75) vs 3,15 (DP ±1,47), p<0,001). Quando considerada a proporção de escores com nível de competência (acima de 5,0), com escores insuficientes (abaixo de 5,0), observamos um número maior de alunos com competência adquirida na realização de procedimentos cirúrgicos ambulatoriais (PCA) no grupo intervenção quando comparado ao controle (57,1% vs 9,5%, p<0,001). O estudo permitiu a disponibilização de videoaulas em site da internet, o aprimoramento de modelos de bancada de empresa parceira do projeto, um modelo de aula teórico-prática sistematizado, o desenvolvimento de estações de simulação de PCA, além do aumento de procedimentos em pacientes nas unidades básicas de saúde. Conclusões: o estudo permitiu a sistematização do ensino da cirurgia ambulatorial no IMFC da UFRN por meio do desenvolvimento de métodos de ensinoaprendizagem e avaliação de alguns procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, como também constatou o ganho de competência do grupo intervenção por meio de análise comparativa. |