Insegurança alimentar na comunidade acadêmica durante a pandemia Covid-19 - Brazuca Covid

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Jéssica Raissa Carlos
Orientador(a): Maciel, Bruna Leal Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51894
Resumo: A insegurança alimentar está presente quando o indivíduo tem limitada ou incerta a possibilidade de adquirir alimentos de forma adequada. A pandemia causada pelo avanço do novo coronavírus, gerou a interrupção das atividades cotidianas da população, devido à necessidade de distanciamento social para frear o avanço da doença. No Brasil, uma das medidas foi a suspensão das aulas, inclusive nas Universidades, com possíveis impactos nos hábitos de vida de um vasto contingente que formam a comunidade acadêmica. Esse estudo teve por objetivo investigar a insegurança alimentar na comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) durante a pandemia. Trata-se de um estudo transversal com coleta a partir de um questionário online entre outubro de 2020 a fevereiro de 2021 com estudantes de graduação, estudantes de pós-graduação, servidores técnicosadministrativos e docentes. O questionário continha variáveis socioeconômicas e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), já validada. A idade média dos participantes foi de 27 anos, maioria do sexo feminino (65,7%) e 30,2% apresentaram renda entre 1 a 3 salários mínimos. A insegurança alimentar foi maior entre os estudantes de graduação com 34,4% de insegurança alimentar leve, 10,6% de insegurança alimentar moderada, 5,5% de insegurança alimentar. As regressões logísticas mostraram que as maiores OR para insegurança alimentar foram associadas aos estudantes de graduação (AOR = 10,74; IC 95% = 5,50 – 20,95) e estudantes de pós-graduação (AOR = 5,25; IC 95% = 2,60 – 10,73). A alteração de renda durante a pandemia aumentou a chance de insegurança alimentar, tanto quando houve a diminuição da renda (AOR = 3,03; IC 95% = 2,34 – 3,91) como para o aumento da renda (AOR = 1,81; IC 95% = 1,22 - 2,70). A insegurança alimentar foi associada ainda ao ganho ou perda de peso durante a pandemia (AOR = 2,02; IC 95% = 1,28 - 3,20; AOR = 2,23; IC 95% = 1,39 - 3,65, respectivamente). Assim, o estudo demonstrou uma presença significativa de insegurança alimentar na comunidade acadêmica, principalmente nos estudantes de graduação e pósgraduação. Por isso, esta população deve ser priorizada em políticas públicas que atendam as necessidades desta condição de vulnerabilidade.