Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Monalysa Themistocles da Silva |
Orientador(a): |
Lopes, Denise Maria de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27425
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Resumo: |
A presente pesquisa objetivou analisar experiências e sentidos atribuídos a escrita por crianças no contexto da Educação Infantil e tematiza questões relativas à criança, escrita e Educação Infantil. Seu desenvolvimento se orientou pelas seguintes premissas: a) A criança é um ser concreto, capaz de aprender e se desenvolver, desde que lhes sejam propiciadas, pelo meio sociocultural, as condições necessárias para que possa apropriarse da cultura e recriá-la, produzir novos sentidos sobre a realidade que a cerca, sendo estes sentidos importantes na compreensão do mundo; b) A Educação Infantil é etapa inicial da Educação Básica (Lei 9394/1996), com finalidade de promover o desenvolvimento integral da criança, o que inclui suas capacidades simbólicas e linguísticas; c) A escrita é uma linguagem e uma prática cultural presente na vida das crianças e da sociedade e, finalmente; d) É preciso incorporar, nas discussões e práticas, os modos como as crianças entendem a escrita – a partir de suas vivências e das mediações que lhes são propiciadas. A pesquisa buscou responder a questão: Que experiências com a escrita são vividas por crianças da Educação Infantil e que sentidos atribuem à essa linguagem? O estudo assumiu, como aportes teórico-metodológicos, princípios da abordagem qualitativa de pesquisa, as proposições de L. S. Vygotsky sobre processos humanos e de M. Bakhtin para a pesquisa nas Ciências Humanas. A investigação envolveu os seguintes procedimentos metodológicos: sessões de observação do tipo semi-participativa, entrevistas coletivas e individuais do tipo semiestruturadas e análise documental. O estudo teve, como lócus, um Centro Municipal de Educação Infantil da rede pública de Natal, RN e, como sujeitos participantes, um grupo de 21 crianças com idades entre cinco a seis anos incompletos durante o ano de 2017 e as profissionais responsáveis pelo grupo – a professora e a coordenadora. A análise dos dados realizada mediante o entrecruzamento dos registros produzidos com o aporte teórico-metodológico nos possibilitou constatar que as crianças expressam sentidos múltiplos em relação à escrita, sistematizados nos seguintes eixos de sentido: 1) É desenhar; 2) É usar instrumentos para escrever; 3) Fazer letras/alfabeto; 4) Fazer nomes; 5) Fazer atividades vinculadas à escola; 6) Estudar para ser inteligente; 7) Fazer “coisas de adulto”; 8) Algo que se faz para outra pessoa; 9) Algo que é vivido fora da escola. Esses sentidos expressados pelas crianças revelam, tanto restrição e fragilidade na compreensão dessa linguagem, de sua natureza simbólica e de sua função social, quanto, por outro lado, sua capacidade de recriar e produzir cultura, ampliando o que vivenciam com sua imaginação e produzindo sentidos que recriam o vivido. Nosso estudo aponta para a necessidade de que as crianças precisam ser, na escola, introduzidas na cultura escrita de forma significativa, que esta precisa ser incorporada às suas vivências em situações reais, respeitando-se as especificidades da Educação Infantil como etapa educacional por meio de um trabalho que considera as interações e brincadeiras como eixo centrais das práticas, o que implica uma formação pertinente dos professores que atuam nesta etapa. |