Mostração e demonstração de éros como philósophos no Banquete de Platão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Souza, Jovelina Maria Ramos de
Orientador(a): Silva, Markus Figueira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTEGRADO DE DOUTORADO EM FILOSOFIA (UFPB - UFPE - UFRN)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22227
Resumo: A leitura do Banquete instigou-nos a pensar a imagem de éros identificado a um modo próprio e genuíno de Platão conceber a representação do filósofo. No movimento entre as imagens de éros na tradição e a retomada desse discurso do passado na série de elogios ao amor deste diálogo, pretendemos fixar um aspecto inconteste para Platão, o pensar o amor como uma potência que se sobrepõe e até mesmo se confunde com a noção de desejo, a julgar pelo Fedro, no qual o amor é definido como desejo. No Banquete, esse desejo é direcionado para apreensão do belo, como observamos na ascese erótico-dialética de Diotima, contudo isto não significa o rompimento com o desejo inato, como defendem alguns de seus intérpretes. No redirecionamento do desejo da dimensão apetitiva para a dimensão puramente intelectiva da alma, Platão concilia a ambiguidade do filósofo como um ser intermediário entre duas ordens distintas e afins de desejos, o do corpo e o da alma, na representação de éros como um daímon. Nessa circularidade entre esferas aparentemente inconciliáveis entre si, as imagens de éros transparecem na escrita poético-filosófica de Platão, sob a forma de um discurso de natureza acentuadamente erótica.