[pt] A NATUREZA NÃO DIVINA DE EROS NO DISCURSO SOCRÁTICO: UMA LEITURA DO BANQUETE DE PLATÃO
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25099&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25099&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25099 |
Resumo: | [pt] O presente trabalho objetiva mostrar a natureza não divina de Eros no discurso socrático, a partir da leitura interessada e exclusiva do Banquete de Platão, obra em que o referido autor se concentra no tema do amor. Trata-se de uma sucessão de elogios feitos pelos convivas presentes no evento social, que acaba por descrever a sociedade ateniense; temos o cômico, o trágico, o médico, o filósofo, entre outros, refletindo assim a construção do discurso filosófico a partir dos discursos que o antecedem. Há, portanto, uma filtragem em que Sócrates aproveita ou não alguns aspectos dos discursos anteriores para formatar o seu elogio. Para chegar a tal hipótese, passamos pela análise da concepção grega do amor centrada na questão da pederastia, pela investigação dos vários discursos que correspondem às várias faces do amor, e, por fim, chegamos ao ponto principal, que é a não divindade do Eros para a filosofia, ou ainda, que o Eros não possa ser divino por sua natureza filosófica. Se o divino possui conhecimento e é perfeito, então ele não é condizente com o desejo e a busca filosófica pelo que lhe falta. Porém, ele também não é mortal, mas emana uma força que influencia o mortal. O exercício da filosofia condiciona-se pelo exercício erótico, o Eros que possibilita a atividade da filosofia, a busca de nova perspectiva no comum que está diante de nós, mas sobre o qual não nos debruçamos para refletir e questionar. Eros acende a chama do saber na alma humana, e sem a vontade de saber, a filosofia não é. |